REPRODUÇÃO ESPN

Mesmo com a decisão do CEO da Liga Sul-Minas-Rio, Alexandre Kalil, de rompimento, a CBF convocou assembleia geral com todas as suas federações para discutir o campeonato, no próximo dia 27. A proposta revoltou Kalil, que abandonou o encontro na última segunda-feira inconformado com o recuo da entidade após o anúncio de sua chancela.

A Liga do Nordeste é citada como contra-argumento.

A competição voltou ao calendário em 2010 e não exigiu na ocasião a organização de qualquer assembleia para a sua aprovação. Ela teve o seu retorno encaminhado através de um acordo que livrou a CBF de pagar indenização milionária na Justiça.

Mesmo em circunstâncias diferentes, os membros da Sul-Minas-Rio desabafam contra a postura de Marco Polo Del Nero.

"Até agora, o que avançou (após a reunião na CBF) foi o anúncio do apoio das federações de Minas Gerais e Rio Grande do Sul ao lado de Santa Catarina. Somente o Rio de Janeiro e o Paraná não se manifestaram. Ninguém concorda com essa história de assembleia. Nunca vi isso", afirma o presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, ao ESPN.com.br.

"O que temos a ver com o Nordeste? Nada. Então, assim, não acontece de forma nenhuma por parte deles e vão colocar todos os empecilhos possíveis", prosseguiu.

Ainda de acordo com Nepomuceno, a Primeira Liga, como foi batizada, deve manter o formato apresentado anteriormente à CBF e ser disputado com cinco datas em 2016.

"O encaixe é esse. Falta boa vontade (à CBF), sentar e discutir. Fizemos 12 reuniões, temos maioria das federações, então, o que querem mais?", concluiu.

Kalil havia sinalizado ao deixar o encontro com a CBF na última segunda-feira, no Rio de Janeiro, que o torneio poderia ter 19 datas.

Uma reunião nesta sexta-feira, às 14h, em Belo Horizonte, debaterá o assunto.

A entidade conta hoje com 15 clubes - América-MG, Avaí, Atlético-MG, Atlético-PR, Chapecoense, Coritiba, Criciúma, Cruzeiro, Figueirense, Fluminense, Flamengo, Inter, Joinville, Grêmio e Paraná - e ainda o interesse de diversos outros em entrar, caso do Goiás e de um bloco de times da Série B.