Filho de Júnior Baiano prefere chuteira preta, reclama de 'frescuras' e diz que pai é 'corneta'

30/10/2015 07:43

Filho de Júnior Baiano prefere chuteira preta, reclama de 'frescuras' e diz que pai é 'corneta'

Patrick com o pai Júnior Baiano: família de 'zagueiros-zagueiros

Filho de Júnior Baiano prefere chuteira preta, reclama de frescuras e diz que pai é corneta
ARQUIVO PESSOAL

Raimundo Ferreira Ramos Júnior, o Júnior Baiano, foi um zagueiro de muito sucesso. Dono de títulos importantes em clubes como Palmeiras, Vasco, São Paulo, Internacional e Flamengo, além de ter defendido a seleção na Copa do Mundo de 1998, ele sempre foi conhecido pelo estilo de jogo sério, raçudo e, por vezes, atabalhoado. Aos 45 anos e aposentado da bola desde 2009, o ex-beque agora vê seu herdeiro trilhar seus passos para dar continuidade à linhagem de "zagueiros-zagueiros" da família.

Trata-se de Patrick Ramos, 20 anos, zagueiro da equipe sub-20 do São Caetano. Revelado na base do Flamengo, o defensor impressiona os treinadores pela semelhança com Júnior Baiano, em todos os aspectos.

Em entrevista ao ESPN.com.br, o garoto disse que, assim como o pai, não gosta de "frescuras" no futebol e garantiu sua predileção por chuteiras pretas, marcas registradas dos grandes "zagueiros-zagueiros" da história.

"Meu pai fala que futebol hoje em dia tem muita 'frescura', que na época dele era bem diferente. Os caras jogavam bem e falavam o que vinham na cabeça, tinham personalidade. Hoje em dia não pode falar nada, porque corre risco até de suspensão, os caras acabam fazendo aquele discurso padrão para não se comprometer", reclama Patrick.

"Eu prefiro chuteira clássica, preta. Às vezes uso branca também, mas não gosto muito dessas coloridas, não (risos)", diverte-se.

Segundo Patrick, porém, ele se destaca por ser mais técnico que Júnior Baiano, conhecido pela marcação dura, que frequentemente lhe rendia cartões amarelos.

"O pessoal conta que ele batia legal, gostava de chegar junto. Eu sou mais tranquilo (risos). Na minha posição, às vezes tem que ser mais viril e chegar forte nos atacantes, mas eu controlo bem", assegura.

"Eu me inspiro muito nele e no Juan [zagueiro do Internacional], um cara que meu pai ajudou muito no começo de carreira. São dois espelhos para mim. A gente é muito parecido fisicamente, no jeito de correr, bater na bola e falando o tempo todo. A batida na bola é a mesma, porque ele sempre pegou no meu pé desde sempre para acertar isso", conta Patrick, que, no entanto, lembra pouco do pai em ação.

"Lembro dele jogando mais no final de carreira, fui com ele para a Copa de 98, mas era bem pequeno, tinha três anos, só lembro pelas fotos (risos). Ele parou no fim de 2009, no time do Zico, então vi bastante até. O pessoal gosta muito dele em campo, um cara muito carismático, falam muito bem dele. Ele era um cara que todo atacante respeitava", exalta.

Ao ESPN.com.br, Júnior Baiano concorda que o filho é mais técnico que ele, mas diz que ensinou tudo o que o menino sabe sobre futebol.


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Patrick em ação pelo sub-20 do São Caetano


"O Patrick sempre foi colado comigo desde bem pequeno, sempre esteve presente nos times que passei, aprendeu a bater na bola comigo, é vidrado em futebol. Me surpreendeu o fato de ele se tornar um zagueiro técnico. No início da carreira se parecia muito comigo, chegava junto, aí depois foi adquirindo uma qualidade própria", relata.

De acordo com o ex-beque da seleção, Patrick tem tudo para se tornar um grande zagueiro.

"É um menino excelente, tem a cabeça ótima, nunca me deu problema nenhum. Ele faz amizade muito fácil e convive muito bem com os companheiros. Espero que tudo possa dar certo e no futuro nossa família terá um grande jogador", afirma.

Pai elogia, mas também corneta

Nascido no Rio de Janeiro, Patrick deu os primeiros chutes na bola na escolinha do ex-zagueiro Gonçalves. Depois, fez teste no Flamengo, sem contar que era filho de Júnior Baiano. Agradou e passou sete anos na base da equipe da Gávea.

Já adolescente, resolveu tentar carreira no futebol europeu, e se mandou, aos 17 anos, para um time de empresários em Valência. No entanto, sua dupla cidadania não saiu, e ele teve que voltar ao Brasil. Ao retornar, acertou com o São Caetano, clube que defende há três anos. Aguarda agora uma oportunidade entre os profissionais.


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Patrick é 'cornetado' pelo próprio pai


O jovem defensor do "Azulão" diz que o pai lhe apoia em todos os momentos, mas também é um "corneteiro" de primeira.

"Eu e meu pai somos muito unidos desde pequeno, aonde ele ia jogar eu acompanhava, os jogadores amigos deles são como se fossem meus tios. Todo dia eu falo com ele, que é chato pra caramba e me cobra demais, não me dá uma moral (risos)! Mas se ele cobra é porque sabe que eu posso render", ressalta.

"Ele fala que eu não posso depender dele e tenho que me virar sozinho, porque ele fez isso quando saiu de Salvador. Ele pede sempre pra me esforçar e correr mais, porque as comparações entre a gente serão inevitáveis, que eu vou escutar muita besteira dos outros", completa.

Patrick conta que não escapa da "corneta" afiada do pai nem mesmo nas peladas com os amigos famosos, como o ex-meia Djalminha.

"Toda vez alguém me elogia na pelada com os amigos dele, os caras me dão moral. Só que ele fica puto, fala que eu não jogo nada, pra eu não ficar mascarado (risos). O tio Djalma é um irmão pro meu pai e fala que jogo bem, daí ele retruca (risos)", gargalha.

Fora de campo, a relação entre pai e filho é a melhor possível. Patrick relata que o pai lhe cobra para ser sempre correto e organizado, e puxa a orelha do filho até se ele arruma a mala de qualquer jeito antes de viajar com o São Caetano. O herdeiro agradece a todos os conselhos, e diz que respeita o "chefe" em todos os momentos.

Quer dizer... Menos quando Júnior Baiano resolve jogar videogame.

"Meu pai é uma comédia, ele viciado em jogar joguinho de Fórmula 1 no videogame. Várias vezes ele me liga de madrugada só pra contar que foi contratado pela Ferrari (risos). Quando é campeão, ele dá volta olímpica pela casa, comemora, faz festa e grita até ‘é campeão!' (risos). É mole? (risos)", sorri.

2510 visitas - Fonte: ESPN


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