A Primeira Liga (com clubes do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina) continua, mesmo com a saída do Cruzeiro, cujo presidente do clube mineiro, Gilvan Tavares, também era presidente do grupo. É o que afirma o vice da Liga, Nílton Machado (presidente do Avaí), que trata de negar os rumores de que a competição em 2016 está perto de ser cancelada, atribuindo a informação a especulações de pessoas contrárias à disputa. O dirigente disse ainda não acreditar na saída de Flamengo e Fluminense da Liga, mas afirmou que, mesmo se isso acontecesse, o projeto inicial era a reedição da Copa Sul-Minas - sem os dois.

- Não tenho conhecimento nenhum (sobre cancelamento). A Liga é composta por 15 clubes, e a Copa tem 12. Esse tipo de decisão é em assembleia, e não tem nenhuma assembleia sobre isso. O que houve foi a desistência do Cruzeiro, ponto. Se Flamengo e Fluminense saírem, o que não acredito pela animosidade com o Vasco e com a própria federação, o campeonato tem 12 vagas. Se saem três, sobram 12. Aí acho que os 12 teriam de decidir se prosseguem ou não, não pode ser uma decisão unilateral. E a ideia inicial era Copa Sul-Minas. O pessoal que foi contra desde o começo tumultua. Respeito o Gilvan, sou vice dele, tem suas razões, mas o fato dele sair não vai acabar com a Liga - analisou o vice-presidente da Liga.

Do outro lado, a cúpula da Federação de Futebol do Rio (Ferj) dá como certa, desde o início da semana, a saída da dupla Fla-Flu, que vive racha político com a entidade. O Flamengo, contudo, diz que tentará convencer Gilvan a voltar. Já no Fluminense, um membro do alto escalão consultado na quinta-feira sobre o tema disse que o clube permaneceria na Liga "por enquanto". Ambos os clubes têm pontos de insatisfação que até agora não foram resolvidos e o mandatário tricolor, Peter Siemsen, já chegou a externar publicamente o descontentamento.