Toró volta ao Brasil e vai disputal Goianão pelo Anápolis (Foto: Divulgação/Anápolis)
Promessa na base do Fluminense, campeão brasileiro com Pet e Adriano no Flamengo e até confundido com nome de peixe no Japão. Seria fácil delinear início, meio e fim na carreira de Toró, não fosse a vontade do volante em prolongar mais um pouco essa história. Aos 29 anos, Rafael Ferreira Francisco até admite altos e baixos em sua trajetória, mas garante estar longe de parar. Ainda mais agora, que voltou ao Brasil e aposta todas as fichas em um recomeço no futebol nacional.
Após duas temporadas vestindo a camisa do Sagamihara, time da terceira divisão japonesa, Toró assinou com o Anápolis por empréstimo e vai disputar o Campeonato Goiano, que começa no próximo fim de semana. Logo de cara o volante terá pela frente o dérbi contra a Anapolina, arquirrival do Galo da Comarca.
Toró tem a seu lado nessa empreitada o novato técnico Ramon Menezes, ex-meia especialista em cobranças de falta e ídolo do Vasco, além do ex-volante Fabinho, com passagem pelo Flu e campeão mundial pelo Inter, agora na função de gerente de futebol. Companheiros em um desafio que pode não se comparar ao início promissor que o jogador teve no Rio de Janeiro, mas que surge como uma oportunidade de ouro para o eterno xodó de Joel Santana.
- Com certeza é um recomeço. Tive duas boas temporadas no Japão e tenho contrato ainda até o fim do ano. Estou emprestado ao Anápolis, mas vamos ver o que está reservado para mim no futuro. Acreditei no projeto. Não tenho do que reclamar nesta primeira semana que passei aqui. Tudo funciona muito bem e o clima é ótimo - revela Toró, que posou para fotos com a camisa original do Anápolis no título do Goianão de 1965, o único estadual da história do clube.
Confira a íntegra do papo exclusivo que o GloboEsporte.com teve com Toró:
Por que o Anápolis?
- Acreditei no projeto. Não tenho do que reclamar nesta semana que passei aqui. Tudo funciona muito bem no Centro de Treinamentos do Anápolis. O clima é ótimo. O Fabinho sempre foi muito competitivo como jogador e continua sendo como dirigente (é gerente de futebol). Estou muito feliz.
Pré-temporada
- Está um pouco pegado. O começo é assim. Mas a gente sofre um pouco para sorrir lá na frente. Quero fazer um bom campeonato para colocar o Anápolis o mais longe possível e conquistar uma vaga na Série D.
Ramon Menezes
- É um cara super tranquilo. Curiosamente, no meu primeiro jogo como profissional ele era o meio do meu time. Eu jogava no Fluminense, enfrentávamos o Botafogo. Ele sempre me deu muitas dicas, mesmo como adversário. Está sendo muito bom trabalhar com ele e com o Fabinho.
Toró nos tempos de Flamengo: campeão brasileiro em 2009 (Foto: Richard Fausto de Souza/GloboEsporte.com)
Flamengo e recomeço no Brasil
- Com certeza é um recomeço. Tive duas boas temporadas no Japão e tenho contrato ainda até o fim do ano. Estou emprestado ao Anápolis, mas vamos ver o que está reservado para mim no futuro. Claro que todo mundo sonha em voltar a um time como o Flamengo, mas nesse momento não é hora de pensar nisso. Preciso jogar bem no meu clube.
Goianão
- Estou observando o mercado. Assim que fui contratado, comecei a estudar o Campeonato Goiano. Sei que as equipes estão contratando bem. A gente vê o Goiás se preparando. Quero fazer meu nome aqui no estado e abrir portas por aqui também.
Condição física
- Estou bem fisicamente. Cheguei ao Brasil no fim de novembro. Não fiquei parado nenhum dia das minhas férias. Como eu falei, a gente sofre um pouco no início, mas estou fazendo uma boa preparação. Quero estar bem na estreia.
Clássico na estreia
- A gente sabe como é clássico e que o Anápolis não tem levado a melhor sobre a Anapolina. Mas clássico é um jogo diferente, é vibração, é pegada. Já joguei Flamengo x Vasco, Atlético-MG x Cruzeiro, Bahia x Vitória. Você tem de correr mais e nós vamos fazer isso pelo Anápolis.
Toró tem mesmo nome de parte do salmão; clube dava cortesia em restaurante junto com ingresso (Foto: Arquivo Pessoal)
Comentários do Facebook -