Luiz Roberto é realista e espera, se perder, que o Confiança não seja eliminado (Foto: Divulgação)

O nome é Confiança, mas pode chamar de realista ou super sincero. Até porque não é segredo para ninguém e nem poderia ser. O time sergipano enfrenta o Flamengo nesta quarta-feira, 21h45, com um olho no campo e outro na bilheteria, sem esquecer, é claro, do regulamento bem preso debaixo do braço. A explicação é simples: se vencer, empatar ou perder por apenas um gol de diferença, o time arrecada numa partida mais de quatro vezes o valor da folha salarial dos jogadores.

- Nossa folha é de R$ 180 mil. Isso dá 30% do salário do Sheik - diz o presidente do Confiança, Luiz Roberto.

O dirigente do clube se reuniu nesta terça-feira com os jogadores e explicou a importância de segurar o Flamengo. Claro que o time vai tentar a vitória, mas diferença de investimento é enorme. Da renda, que o presidente calcula antecipadamente em R$ 1.028.000,400, líquido seria algo em torno de R$ 750 mil - que ficaria para o Confiança investir no time que vai disputar a Série C do Brasileiro. Em caso de vitória rubro-negro por dois gola de diferença, o Flamengo leva 60% para casa e resta ao Confiança pouco mais de R$ 200 mil.

Somente pela participação na primeira fase, o time de Sergipe recebeu R$ 240 mil pela cota de TV distribuída entre os participantes da competição. A cidade de Aracaju está paralisada para ver o Flamengo, que volta 13 anos depois para Sergipe e faz seu primeiro jogo oficial desde 1981 no estado.

A diretoria do Confiança também aproveitou a festa no estádio Batistão - que teve vendidos todos os 15.580 ingressos (embora ainda haja entradas com cambistas) - para homenagear o time que foi ao Rio de Janeiro em 1977. Sete atletas que participaram daquela partida contra o Flamengo vão receber uma placa de lembrança daquele jogo. O placar da partida? 3 a 1 para o Flamengo. Justamente aquele que não se pode repetir para o Confiança nesta quarta-feira.