GAZETA PRESS
Atualmente atacante do Miami United, dos EUA, Adriano marcou época no período em que atuou pela Inter de Milão no começo da década passada e ganhou o apelido de Imperador. Mesmo com toda fama, ele é conhecido por sua simplicidade fora dos gramados, a ponto de ser guia turístico de amigos dos tempos de Gávea durante uma viagem à Itália.
O centroavante tinha feito um grande Campeonato Brasileiro em 2009, sendo campeão e artilheiro, mas no ano seguinte não foi convocado para a disputa da Copa do Mundo da África do Sul. Como havia acertado sua transferência para a Roma, ele resolveu ir para o país ver o mundial de sua casa em San Fermo Della Battaglia.
"O Adriano levou o zagueiro Wellinton e eu para passarmos as férias lá. Depois vimos a apresentação dele no clube. É um cara sensacional, muito amigo e devo muita coisas e conheci lugares maravilhosos lá", relatou Éverton Silva, ex-jogador do Flamengo, atualmente no Red Bull-SP, ao ESPN.com.br.
O jogador era muito querido pelos italianos por suas grandes atuações por Fiorentina, Parma e principalmente no clube neroazzurri.
"Ele nem respirava direito de tão reconhecido que era. Quando íamos fazer um churrasquinho, ia eu e o Wellinton fazer compras. Ele só foi uma vez na rua porque ficava difícil andar no supermercado. As pessoas chegavam em cima 'atropelando' querendo fotos, autógrafos. Era muito assédio em cima dele. Lá, ele era o 'Imperador' mesmo", impressionou-se o lateral.
REUTERS
Mesmo triste por não ter ido ao Mundial, o jogador viu a seleção brasileira naufragar diante da Holanda. "Nós curtimos bastante e passeamos por Milão. Ainda passamos em frente ao coliseu, em Roma. Ele não podia ficar o tempo todo com a gente porque estava muito ocupado por causa da transferência", recordou.
Apresentado com muita festa na capital italiana, o camisa 8 da Roma não teve um bom retorno à Itália. Sofreu com contusões, não conseguiu atingir sua forma física ideal e rescindiu contrato apenas oito meses depois.
Éverton, que era fã do Imperador desde os tempos de videogame, quando só atuava com a Inter de Milão, tornou-se muito amigo do ídolo.
"Ele me deu presente a chuteira que jogou a final do Campeonato Brasileiro de 2009 contra o Grêmio, no Maracanã. Está escrita Adriano em um pé e Imperador no outro. Isso não tem como apagar da memória. Um cara que pode ter todos os atacantes do mundo, mas pra mim é o melhor de todos", vibrou.
"O Adriano era como um pai para mim lá no Flamengo, mas um mais moleque. Ele sempre brincava e tinha alguma coisa engraçada pra falar. Me ajudou muito e tive a sorte de trabalhar com ele", garantiu. Após uma passagem pelo Corinthians e um período de treinamentos no Flamengo, o centroavante jogou pelo Atlético-PR. Ele ficou quase dois anos fora dos campos e acertou com o Miami United.
Na semana passada, ele fez um gol na vitória por 4 a 2 sobre o Boca Ratón, em partida amistosa. Ele deve estrear pelo novo clube em um jogo oficial no dia 1º de maio, na Conferência Sunshine da NPSL (National Premier Soccer League).
Comentários do Facebook -