7/7/2016 07:53
Guerrero dobra média de cartões e vira desafio para psicologia no Fla
Temperamental, jogador fracassou em meta de evitar suspensão pós-Copa América. No Rubro-Negro, leva um cartão a cada 2,47 jogos, maior índice de toda a carreira
Guerrero lamenta chance desperdiçada pelo Flamengo: contra o Corinthians, derrota e suspensão (Foto: Marcos Ribolli)
Calmo, discreto e tímido fora de campo, Guerrero muda dentro das quatro linhas. O fenômeno não é raro entre jogadores de futebol, que geralmente afloram a personalidade e transformam a fúria em gols e boas jogadas, mas, no pior cenário, também alimenta um ciclo vicioso de faltas, discussões, cartões e suspensões. Suspenso pelo terceiro amarelo em apenas cinco jogos no Brasileiro, ele desfalca o time contra o Atlético-MG no domingo em Brasília. Em um ano de Flamengo, ele tem 17 cartões - 16 amarelos e um vermelho - em 42 partidas. É a maior média da carreira, o que representa um cartão a cada dois jogos e um tempo (precisamente 2,47 partidas). O dobro do que recebia de cartões nos tempos de Corinthians - quando era suspenso a cada cinco partidas, na média dos seus 126 jogos de tempos paulistas.
Coincidência ou não, os dois jogos e meio de média para um cartão bateram exatamente contra o Corinthians. Guerrero voltou bem contra o Fluminense, fez gol, deu passe para Ederson marcar contra o Internacional e chegou a incomodar contra o ex-time - deu, por exemplo, ótima enfiada de bola para William Arão. No fim da partida, debaixo de muitas vaias toda a partida e gritos de “olé” do adversário, deu tranco em Paulo Henrique, discutiu com o garoto e os dois levaram amarelo na polêmica arbitragem de Heber Roberto Lopes na Arena paulista.
A instabilidade emocional de Guerrero preocupa o maior investimento do caro elenco do Flamengo. O jogador mostra dificuldade de controlar os impulsos nervosos e cai, constantemente, em provocações de adversários, quando não perde a cabeça e reage com violência nos jogos - o exemplo da cotovelada em Rodrigo, zagueiro do Vasco, no primeiro tempo do clássico no Campeonato Carioca. Naquela partida, Guerrero cometeu seis faltas, sendo o atleta mais faltoso em campo.
Coordenador de psicologia e treinamento mental, um dos sistemas do recém-criado Centro de Excelência em Performance, Fernando Gonçalves reconhece que os números elevados de cartões de Guerrero são “um fato”. O que não quer dizer, porém, que o jogador não siga à risca ao programa de treinamento mental que a sua área faz para cada atleta. No entendimento de Gonçalves, o jogador passou por duas partidas “altamente concentradas” contra Fluminense e Internacional, quando pouco se queixava de marcação adversário ou decisões da arbitragem.
- Ele é mega profissional. Dos mais interessados que já conheci e convivi. Atento a cada detalhe da vida profissional e tem plena noção de que esse dado é ruim. Isso (controle) está envolvido nesse treinamento que fazemos, que não é um treino de chute, cabeceio. São diferenças sutis. Requer tempo. Discutimos metas quando ele voltou da Copa América, inclusive. Mas tem um detalhe, ele é muito visado e tem a violência que a câmera capta e aquela que o juiz não vê e a câmera não capta. Não justifica, ele sabe que precisa melhorar nesse aspecto. Mas tem essa questão - diz Gonçalves, admitindo que o cartão contra o Corinthians quebrou o objetivo de sequência sem cartões do jogador para evitar suspensão.
O coordenador do departamento de psicologia do Flamengo acredita em coincidência nas altas taxas de cartão de Guerrero no clube, em comparação a outras passagens da carreira. Na versão do peruano, o cartão contra o Corinthians foi completamente injusto. Ele disse que reagiu a um xingamento do jogador corintiano, que ele viu começar a treinar no clube do Parque São Jorge. No lance anterior, Guerrero fez falta em Paulo Henrique. Após a agressão verbal, o rubro-negro pediu respeito ao jovem adversário. O Corinthians vencia o Flamengo por 4 a 0.
- Talvez pela performance estar abaixo da média pode ter impacto, pode existir essa correlação, o que não é garantido, porém. Mas o relevante e o mais interessante é que ele tem essa consciência e está totalmente engajado em melhorar.
No treino dessa quarta-feira, o técnico Zé Ricardo saiu ao lado de Guerrero, conversando e gesticulando ao lado do atacante. O jovem treinador, que tem a primeira experiência entre os profissionais, procura dar atenção especial ao peruano e mostra preocupação com o tema, como deixou claro após a derrota por 4 a 0 para o Corinthians.
- Ele tem um jogo de contato muito grande. Vinha conversando com ele. Nas últimas partidas, se manteve controlado até no que diz respeito a falar com a arbitragem e conseguiu não tomar cartão. Mas acabou se desentendendo com um jogador - lamentou o treinador.
Veja a média de cartões e de gols do jogador na carreira:
Flamengo
42 jogos - 14 gols - 16 cartões amarelos - 1 vermelho
Média de cartão: uma advertência a cada 2,47 jogos
Corinthians
126 jogos - 52 gols - 23 amarelos - 2 vermelhos
Média de cartão: uma advertência a cada 5,04 partidas.
Hamburgo
163 jogos - 46 gols - 20 amarelos
Média de cartão: um a cada 8,15 jogos.
Bayern de Munique
21 jogos - 5 gols - 3 amarelos
Média de cartão: um a cada 7 jogos.
* Pela seleção peruana, em cerca de 70 jogos - com 27 gols, tem média de um cartão a cada quase cinco partidas.
635 visitas - Fonte: Globo Esporte
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