Pai do Rock in Rio pede revolução no futebol e no Maracanã: É a Beyoncé

25/8/2016 14:03

Pai do Rock in Rio pede revolução no futebol e no Maracanã: É a Beyoncé

Consultado por empresas interessadas no estádio, Roberto Medina compara esporte a pop stars internacionais e questiona modelo arcaico: "Música é menor que o futebol "

Pai do Rock in Rio pede revolução no futebol e no Maracanã: É a Beyoncé
Com a guitarra do Rock in Rio ao fundo, flamenguista Medina defende transformação no futebol (Foto: Raphael Zarko)

Envolvido com a organização de festivais de música no Amazonas, de volta ao Brasil após organizar seu Rock in Rio em Las Vegas - o evento volta ao Rio em 2017 -, o empresário Roberto Medina foi pego de surpresa com série de consultas do mundo do futebol. Companhias interessadas em assumir o Maracanã ligaram para o pai de um dos maiores festivais de música do mundo para buscar uma resposta: como viabilizar o Maracanã? A Odebrecht negocia devolução do equipamento esportivo ao governo do estado, que ainda estuda qual modelo adotar para transferir a administração do estádio. O futuro do antigo Maior do Mundo é uma incógnita depois de brilhar na Copa do Mundo e nas olimpíadas.

Medina admite que foi convidado, mas antecipa que não tem intenção de participar de administração do estádio - “quero ajudar, mas meu negócio é a música”. Ele faz referência diretas do que conseguiu ao longo da vida no mundo do entretenimento para provocar e pedir mudanças na forma de fazer futebol no país. O ponto de partida para ele, como apaixonado pelo Rio de Janeiro e “mais carioca do que brasileiro”, é o Maracanã. Os estádios vazios, a maioria dos clubes com pouco dinheiro para investimento e a falta de credibilidade da CBF podem ser fator de união para grande discussão do esporte número 1 do país.

- Recebi algumas consultas, procura de algumas empresas, que não quero citar os nomes, que me perguntaram se eu queria entrar no Maracanã. Disse que não vou entrar, mas quero ajudar. Essas conversas me despertaram para o futebol. Por que um negócio como a música é tão forte e o futebol? Se a gente não entender isso a gente nunca vai sair do lugar. Não tem que se discutir só o Maracanã, tem que se discutir o futebol. Se você comparar com a música, o futebol é nossa Beyoncé, seria um Red Hot Chili Peppers e a gente não vê isso - diz o flamenguista Roberto Medina, que compara as grandes atrações internacionais de seus shows com o futebol. - Entendo que o futebol no Brasil é um negócio maior que o negócio da música.

Lembrando que o Rock in Rio é o “ingresso mais barato do Brasil para um show, com 20 e tantas atrações num mesmo dia”, Medina se coloca contra preços direcionados apenas às classes altas nos estádios. Defende que aqueles que podem pagar mais subsidiem os ingressos, com melhores serviços, aos que vão pagar menos. Com visão publicitária do negócio, lamenta que o produto futebol brasileiro não seja bem vendido e afirma que executivos interessados em assumir o Maracanã e os do futebol brasileiro em geral têm modelo pronto para se inspirar: o Super Bowl americano. Para ele, a cultura do torcedor, sem costume de ver esse tipo de espetáculo em partidas de futebol, não seria barreira.

- Não acho que ninguém vai se incomodar pelo contrário. Primeiro, o Campeonato Brasileiro tinha que começar com uma grande festa. Não é só para o cara que gosta do futebol, é para todo mundo. Tem que criar valor para o futebol, para a TV, para os clubes, para todo mundo. Temos que fazer um negócio que abra o Maracanã às 15h, feche às 22h. Bota um jogo da seleção brasileira cada ano com um país. Primeiro a Argentina, depois Inglaterra e por aí vai. Traz uma banda internacional na abertura, coloca os times para desfilarem suas bandeiras, seus jogadores. Uma coisa de gala como foi na olimpíada - imagina.

“Maracanã tem que ser de todo mundo”

No embalo da festa olímpica - para ele, os Jogos provaram a vocação única para grandes festas do Rio de Janeiro -, o Maracanã teria programação intensa. Medina defende que todo recurso que o Maracanã gere seja repartido para os clubes, com venda de naming rights, construção de shopping center, cinemas e tudo mais que deixe o estádio - hoje, segundo destino turístico mais visitado do Rio - como casa dos cariocas e dos turistas. A partir da bem-sucedida experiência olímpica, ele pede reflexão para sair do ciclo vicioso atual para um virtuoso, que mude o Maracanã, alimente os clubes, beneficie os patrocinadores e leve na esteira o turismo nacional.

- Hoje, as pessoas vão lá no Maracanã, é o terceiro destino turístico mais visitado do Rio. E o que tem no Maracanã? Nada. Com nada lá vão mil pessoas todo dia. Podia botar um goleiro famoso para o garoto chutar contra ele, um museu. Tem que fazer um carnaval lá dentro. Uma ebulição permanente. Maracanã é uma marca importante que não conseguimos usar. Uma máquina que não dá resultado. Essa sinergia que estamos vivendo do Maracanã que precisa de uma solução, do futebol que precisa de uma solução, na minha cabeça esse debate precisa começar. Está na cara que o mercado de consumidor de futebol não tem dinheiro para pagar mais e não tem volume para crescer. Tem que trazer o novo - diz ele.

O rubro-negro Roberto Medina recorre ao chavão “Maracanã patrimônio do povo” para se colocar
contra a cessão do estádio a Flamengo e Fluminense - que é o desejo das diretorias dos clubes e agrada ao prefeito Eduardo Paes. A prefeitura pretende entrar nas regras de eventual novo marco regulatório do equipamento esportivo.

- Se o Botafogo tem estádio, Vasco tem estádio, os que não têm ficam com fatia maior do Maracanã. Um tem 80%, outro tem 20%, algo assim. O Maracanã é tão simbólico que tem que ser de todo mundo - defende o criador do Rock in Rio.

Recordando números do Rock in Rio original de 1985, quando a venda de discos de música - não só de rock - cresceu 180% -, o empresário do ramo de entretenimento lembra que a solução de um palco como o próprio Maracanã com mais conforto já esta aí e pouca coisa mudou. Ou seja, o retorno de público e o crescimento do negócio pouco se alterou. Clubes continuam precisando de patrocínios da Caixa, por exemplo, e de ocasião política e de ordem circunstanciais.

- Patrocinadores não têm retorno porque (o produto) é uma porcaria, é mal vendido, não aproveitam esse negócio. É tão míope que fico impressionado. Lá atrás era outra coisa, conseguia manter ídolos aqui. Hoje a gente fala “ah, o Joaquim vai jogar no Barcelona”. E a gente faz o que? Nada - critica.

450 visitas - Fonte: Globoesporte


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o cara tem credibilidade para falar ele deu boas ideias que a cbf deveria adotar o campeonato brasileiro tem que ser valorizado a marca e tudo mais , mais tem muito brasileiro que se incomoda com novidades eu que devemos ter a mente aberta pra novas opiniões não é que tudo que ele disse da pra se aproveitar mais ele deu ótimas ideias que o marketing do Flamengo deveria usar.

Velho bicha e sem noção. Deve cheirar tanta cocaina que na entrevista viajou e o pior é divulgarem aqui essa opinião contra o Clube, contra o Futebol do Flamengo e contra o estado do RJ. A empresa desse editor da sacanagem ajuda a manter o estádio ou ele só quer mamar durante o festival de péssimo gosto que ele realiza? Interesses particulares acima do interesse da maioria é fato no Brasil.

como nunca fui ao Rock in Rio nem vou para mim este senhor não tem nenhuma credibilidade no que fala e tenho certeza de que ele está falando para favorecer alguma Empresa e a empresa dele a mim não engana.

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