Demitido do Flamengo no dia 6 de agosto, após a derrota para o Vitória, na Ilha do Urubu, Zé Ricardo ficou pouco tempo desempregado. Foram apenas 17 dias, quando foi anunciado como novo treinador do Vasco no dia 23 do mesmo mês. Do outro lado, agora à frente do Gigante da Colina, o comandante terá pela primeira vez os antigos comandados como adversários, neste sábado (28 de outubro), no Maracanã. Conhecedor do rival, ele não ficou em cima do muro na hora de analisar o adversário.

Perguntado sobre as mudanças que o Flamengo teve desde a sua saída até hoje, sob o comando de Reinaldo Rueda, Zé foi bastante sincero. Admitiu que o colombiano corrigiu alguns problemas da sua época e destacou outras mudanças, como o aproveitamento de Lucas Paquetá em outra função dentro do time rubro-negro. O garoto vem atuando como centroavante e sendo o substituto de Paolo Guerrero:

"É um grupo muito forte, com atletas que se doam muito. Qualquer que seja a ideia do treinador, eles vão fazer de tudo para fazer com que dê certo. No início, percebi uma maior segurança defensiva, que realmente a equipe precisava naquele momento. Agora vejo que as alternativas, como o Paquetá na frente, um jogador que conheço e está fazendo bem essa função no lugar do Guerrero. São mudanças que vemos, mas na essência o Flamengo continua forte, com jogadores bem acima da média. Tem potencial para disputar em cima em qualquer competição que participe", afirmou Zé Ricardo.

Após empatar em 1 a 1 com o Coritiba, na última rodada, todo mundo dentro do Vasco sabe da importância da vitória neste clássico. Caso consiga derrotar o maior rival, o Cruzmaltino toma a sétima posição do Flamengo e entra na zona de classificação para a Conmebol Libertadores Bridgestone do próximo ano. E essa mudança de realidade do clube, que antes brigava para não cair e agora luta por uma vaga no torneio continental, foi destacada por Zé Ricardo:

"Se analisarmos, são oito jogos que faltam e uma tabela complicada, contra concorrentes diretos na parte de cima, e também outros que estão brigando contra o rebaixamento. Nenhum desses jogos dá para cravar nada. Temos que acreditar no que estamos treinando. Os atletas realmente se doaram e temos chance de brigar, sim. Agora temos que pensar no Flamengo e, quando faltarem três ou quatro rodadas, a gente vê onde vamos disputar. E ir pensando jogo a jogo", finalizou.