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O Campeonato Brasileiro 2018 está se mostrando diferente das edições anteriores, nas quais, nesta fase, já era possível visualizar blocos de equipes na tabela de classificação com objetivos bem claros. Nesta edição, a instabilidade no desempenho das equipes está provocando oscilações que tendem a tornar a disputa mais acirrada e imprevisível, com mudanças drásticas nos dois extremos da tabela.



Desde 2003, quando foi implantada a fórmula atual de pontos corridos, poucas edições se mostraram tão disputadas até o final como esta. Por isso, acredito que a monotonia não se fará presente nesta edição. Estamos no terço final do campeonato que já teve a liderança alterada por várias vezes e ainda apresenta pouca diferença na pontuação dos primeiros colocados.

São Paulo e Internacional estão se alternando na liderança a cada rodada e o Palmeiras encostou ameaçadoramente no topo da tabela. O São Paulo, que teve bom desempenho na primeira metade do campeonato, após a parada para a disputa dos jogos da Copa do Mundo começou a ter oscilação. Em contrapartida, o rendimento do Internacional cresceu exponencialmente, permitindo que saísse das cercanias do Z4, galgando posições gradativamente.

Com o Flamengo aconteceu o inverso, pois iniciou bem a disputa, frequentou a liderança e após a parada da Copa, passou a oscilar seu aproveitamento, colocando em risco a quarta colocação, que ocupa no momento. Além dos resultados não serem tão bons no segundo terço do campeonato, a equipe carioca está apresentando visível queda de rendimento tático, o que já está trazendo questionamentos importantes quanto a continuidade do trabalho de Maurício Barbieri.

Aliás, a troca do comando técnico, apesar de não ser considerada como melhor conduta no decorrer de uma competição, este ano, tem se mostrado como solução para alguns clubes. Palmeiras, Santos, Atlético Paranaense, Bahia e Ceará são alguns exemplos que tiveram melhora de desempenho e consequentemente na classificação do Brasileirão. Já, o Vasco ainda não conseguiu sair do viés negativo.

O Palmeiras após a chegada do treinador Scolari, não teve nenhuma derrota no Campeonato Brasileiro e engatou sequências de vitórias que o tiraram da sétima colocação para entrar na briga pelo título, estando na 25ª rodada com apenas 3 pontos de diferença do líder São Paulo.

O Santos, apesar de estar com situação política conturbada em sua diretoria, está se recuperando após a chegada de Cuca no comando técnico e de reforços no elenco. A sensível melhora de desempenho de Gabi Gol, principal atacante da equipe e o atual artilheiro do campeonato, também contribuíram para a ascensão santista na tabela. De candidata ao rebaixamento, a equipe do Peixe já está na nona colocação, mostrando atuações dignas e com maior regularidade.

O Atlético Paranaense tem oscilado com sequências de resultados positivos e negativos. Já esteve na zona de rebaixamento e atualmente está no meio da tabela, na 11ª colocação. Seu técnico Tiago Nunes trouxe certo equilíbrio à equipe, pois respeita as funções originais dos jogadores, inversamente à conduta do técnico anterior Fernando Diniz.

Bahia, sob o comando de Enderson Moreira e Ceará, sendo comandado por Lisca, estão mostrando futebol simples, mas eficiente. O Bahia apesar oscilações está na 14ª colocação, com apenas 1 ponto de diferença das equipes que se classificarão para disputar a Copa Sul-Americana.

O Ceará, sem inovações táticas e sem jogadores de qualidade técnica surpreendente, tem apresentado bom desempenho que o levaram a vencer, adversários diretos, como o Vitória e também, times de maior expressão como o Flamengo e Corinthians. Contra o São Paulo se mostrou adversário difícil.

Portanto, nesta edição do Campeonato Brasileiro é provável que ainda ocorram grandes mudanças. A objetividade tem feito a diferença para que as equipes consigam mudanças na tabela de classificação.