Ricardo Lomba apresentou suas propostas para o cargo de presidente do Flamengo (Foto: Alexandre Araújo)

Ricardo Lomba, vice-presidente de futebol e candidato à presidência do Flamengo, lançou, na noite desta quinta-feira, a Chapa Rosa. O presidente Eduardo Bandeira de Mello abriu o evento, que contou com um episódio inusitado: o ex-presidente Marcio Braga, que declarou apoio a Rodolfo Landim, que é da oposição, esteve presente e sentou na primeira fileira.



A polêmica das cores das chapas não ficou longe da cerimônia. Tanto o grupo de Lomba quanto o grupo de Landim queriam usar o nome "Chapa Azul" e a questão foi parar na Justiça. Lomba usará Rosa, e Landim Roxa.

- Antigamente, éramos a Chapa Azul e por uma brincadeira de mau gosto. Mau gosto não, porque abraçamos e estamos todos na causa do Outubro Rosa, como podem ver (os convidados ganharam o laço). Viramos a Chapa Rosa, mas não importa a cor. Somos o que realizamos e realizaremos ainda mais - disse Marcelo Haddad, vice de planejamento.

Eduardo Bandeira de Mello, que se despede do clube após dois mandatos, foi o primeiro a falar aos presentes e avisou que o trabalho realizado deve continuar, agora, sob o comando de Lomba. O mandatário chegou a chamar os opositores de "aventureiros".

- Estou emocionado de, depois de seis anos, pode estar aqui falando a vocês. O Flamengo é a coisa mais importante da minha vida, depois da minha família. Acho que conseguimos fazer muita coisa, o que me leva a sair com a cabeça erguida e consciência tranquila de que fizemos o melhor. O Flamengo, em 2012, era outro. Vocês lembram como eram as contas do Flamengo e hoje é o clube mais poderoso do Brasil, clube que é desejado por todos os atletas, treinadores, profissionais... Gente que, há um tempo, não queria saber do Flamengo. Hoje, temos uma situação financeira invejável. Para o Flamengo continuar nessa rota, precisa eleger o Lomba, com a pitada de experiência do Walter Oaquim. Só posso garantir que tudo isso vai continuar com a Chapa Azul, que foi obrigada a ser Rosa. Não podemos entregar na mão de aventureiros. No dia 8 de dezembro, teremos de decidir se vamos continuar o trabalho ou entregar o Flamengo - afirmou.

Diversos dirigentes da atual cúpula foram ao palco e tiveram voz sobre os projetos que pretendem levar à frente. Alexandre Wrobel, vice de patrimônio, citou a obra do novo centro de treinamento, que receberá o elenco profissional.

- Seremos referência no CT da base e profissional por muitos anos. Temos recebido o feedback muito interessante de quem visita o CT. Percorremos o CT com jogadores que atuaram fora e afirmaram que nunca viram nada igual. Eles têm de saber que o Flamengo é o ápice da carreira - ressaltou ele, que ainda apontou a questão da possibilidade de um estádio próprio:

- O Flamengo é o trem pagador do Maracanã. E isso tem de acabar. Eles não esperavam que, em tão pouco tempo, o Flamengo fosse estar tão organizado. Uma pena duvidarem do Flamengo. O que digo é: o a gente resolve a questão do Maracanã ou vamos construir um estádio próprio. E estamos próximo de conseguir um terreno excepcional.



Lomba corroborou o discurso de Wrobel sobre a possibilidade de utilizar o Maracanã e a construção de estádio.

- Temos de ter um estádio e temos condições de administrar o Maracanã. Temos know-how e dinheiro para isso. Se não quiserem, eles é que vão perder. Temos recursos para construir um estádio - apontou.

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