A divulgação dos resultados financeiros na noite da última quinta-feira expôs que o Flamengo teve lucro inferior no Maracanã, no clássico com o Botafogo, aos dois jogos que operou em Brasília - contra Coritiba e Vasco. Não se sabe se foi uma forma de o clube pressionar o Complexo Maracanã Entretenimento S.A., que administra o estádio, porém, a relação não é boa e encontra na venda de camarotes o maior ponto de divergência.

Na semana do clássico com o Botafogo, o Flamengo designou a Golden Goal como a empresa responsável pela venda dos camarotes.

Ela fez uma proposta ao Flamengo para comprar cada assento de todos os setores por R$ 200. Em dois dias, a empresa comercializou 20 camarotes. O complexo., porém, questionou a parceria e exigiu que a IMX, que presta serviços de operação relacionados a ingressos para o gestor do estádio, recebesse 10% do total arrecadado e assumisse a operação.

No entanto, a IMX não conseguiu vender qualquer camarote, o que gerou um desconforto na relação entre clube e complexo. No resultado financeiro divulgado, o Flamengo ficou com 45% da arrecadação, o grupo gestor outros 45% e a IMX, 10%, mesmo sem vender nada. O Flamengo divulgou ter recebido R$ 116 mil só em camarotes no clássico, valor inferior ao obtido por estas mesmas áreas no jogo diante do Vasco, no Mané Garrincha, que foi R$ 122 mil.
O
utro ponto que continou sendo uma incógnita foi o valor dos bilhetes do setor Premium Vip, o mais caro do jogo. Não houve discriminação do valor integral do ingresso no borderô do jogo.

No balanço do complexo, consta que o espaço, que foi vendido a R$ 350 custou R$ 200 - alegando que R$ 150 foi de serviço de open bar. No do Flamengo, o preço do valor mais caro divulgado foi de R$ 220.