Consultor da ONU defende novo calendário brasileiro com apoio da Fifa

8/8/2013 15:07

Consultor da ONU defende novo calendário brasileiro com apoio da Fifa

Segundo Pedro Trengrouse, apenas 100 dos 783 clubes de futebol profissional no Brasil têm atividades o ano inteiro, deixando de gerar renda e empregos

Consultor da ONU defende novo calendário brasileiro com apoio da Fifa
Para se adequar às normas da Fifa e conseguir receber bem a grande demanda de turistas que virão ao Brasil para a Copa do Mundo 2014, muitas cidades precisaram de mudanças. Além das construções de modernas arenas e reformas de estádios que receberão os jogos do Mundial, o governo investe ainda em melhorias de infra-estrutura como alargamento de ruas e reformas de aeroportos, por exemplo. Mas, na opinião do consultor da ONU e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Pedro Trengrouse, o que realmente precisa melhorar é a estrutura do futebol nacional. Trengrouse defende uma transformação do calendário para favorecer a continuidade do trabalho em clubes menores, gerando renda para o país e criando novos empregos. Trengrouse acredita que a Fifa tem condições de realizar essa mudança (assista ao vídeo).

- O primeiro impacto da Copa do Mundo no futebol brasileiro são esses novos estádios. Impacto ainda muito pequeno perto do que poderia ser, se realmente fosse discutido uma profunda transformação na estrutura do futebol brasileiro aproveitando a Copa do Mundo.

A Fifa tem condições de discutir o calendário que atrofia a base da pirâmide do futebol nacional. A Fifa precisa chamar a Conmebol, a CBF, as federações e os clubes para discutir o calendário do futebol brasileiro aproveitando que a Copa do Mundo está aí, que vai parar o calendário no ano que vem. Só ela tem condições de reunir na mesma mesa todos os interessados no calendário, por exemplo - afirmou o consultor.

O vice-presidente do Santos, Odílio Rodrigues, defendeu uma reformulação das datas e ainda pediu intercâmbio com o futebol europeu para que a estrutura do esporte evolua no Brasil. O discurso por um novo modelo ganhou força após a goleada do Barcelona sobre o Peixe por 8 a 0, em amistoso no último dia 2. Mas, além de melhorar a qualidade dos jogos, a mudança ainda pode gerar muitos empregos e uma alta renda, segundo Trengrouse.

- O Brasil tem hoje 783 clubes de futebol profissional, dos quais, apenas 100 têm atividades o ano inteiro. Os demais 683 clubes jogam em média apenas quatro meses e meio por ano e isso significa dizer que eles não mantêm seus empregos o ano todo. Se eles jogassem nove meses por ano, em vez de apenas quatro e meio, eles gerariam mais de R$ 600 milhões por ano na economia do país e 30 mil novos empregos.

Atraso nas obras dos aeroportos
Se seis estádios que receberão os jogos da Copa do Mundo já estão prontos, as obras de melhorias dos aeroportos brasileiros ainda estão distantes do ideal. Apesar do alerta, o consultor da ONU não se mostra preocupado com a situação. Segundo Pedro, o Brasil tem sim condições de receber a demanda de turistas que chegarão e circularão pelo país.

- Na minha avaliação, os aeroportos estão atrasados para o Brasil, não para a Copa do Mundo. Como estão hoje, já têm condições de receber o fluxo de turistas esperados para a Copa do Mundo. O Brasil não vai se transformar na Alemanha só porque vai receber a Copa. Vai receber os turistas na condição que puder receber. Na Copa das Confederações, o fluxo de turistas internacionais foi de 20 mil pessoas, e de turistas brasileiros de 280 mil. A Jornada Mundial da Juventude coloca por terra qualquer dúvida em relação à capacidade do Brasil de receber esses grandes eventos. Foram 3,7 milhões de pessoas na missa final da Jornada na praia de Copacabana. Todos os turistas da Copa estão estimados em 3 milhões, incluindo os 600 mil internacionais, que prevemos, e os 2,4 milhões nacionais - disse.

Para Trengrouse, a expectativa do povo brasileiro com relação aos aeroportos é maior do que é possível realizar.

- A Copa do Mundo não vai deixar de acontecer em razão da questão estrutural dos aeroportos. Agora, sem dúvida nenhuma, se vendeu para o brasileiro uma expectativa muito mais alta do que se poderia entregar. Prometeu-se demais, em condições de fazer de menos porque na verdade, a grande maioria dos investimentos que o governo apresentou como investimentos da Copa dizem respeito à infraestrutura do país. Não tem nada a ver com a Copa.

796 visitas - Fonte: Globo Esporte


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