A viagem para Lima para ver o Flamengo na final da Libertadores passou de sonho a um pesadelo que ainda não terminou. André Luiz, morador de Vicente de Carvalho, Zona Norte do Rio de Janeiro, passou mal a caminho da capital do Peru, teve de passar por duas cirurgias e, agora, a família busca ajuda para cobrir os custos da internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Cusco.



Rubro-negro desde a infância, André Luiz viabilizou o desejo de ir a Lima, no Peru, para acompanhar de perto o duelo entre Flamengo e River Plate, da Argentina, que aconteceu no último sábado, no Estádio Monumental. Ele, porém, não viu o time do coração levantar o bi da América.

André, que é formado em contabilidade e trabalha em uma empresa de técnica financeira no Leblon, Zona Sul do Rio, saiu de casa na noite da última quarta-feira, sozinho, a caminho de Brasília. Da capital federal, foi para o Acre e, de lá, atravessou para o Peru de carro, rumo a Cusco, onde pegaria um voo para Lima. A história, porém, começou a mudar antes de embarcar para a cidade-sede da decisão.

Pouco depois de chegar a Cusco, André avisou a amigos que estavam em Lima que os encontraria em breve. Porém, na madrugada de sexta para sábado, ele passou mal e foi a um hospital local. Exames detectaram um infarto no baço e o rubro-negro teve de passar por um procedimento cirúrgico para a retirada do órgão.

Horas depois, houve uma hemorragia interna e André teve de passar por uma nova cirurgia, ficando no Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Clínica Peruano Suiza. Ao saber do ocorrido, um dos amigos avisou a Ricardo Franco, irmão de André, que embarcou imediatamente para Cusco, contando com a ajuda da empresa em que André trabalha.

"Ele avisou a uns amigos, um deles amigo de infância, que tinha passado mal e iria a um hospital, mas que logo encontraria com eles. Mas era algo grave, ele teve um infarto no baço. Um desses amigos também é amigo do irmão dele e ligou para avisar o que tinha acontecido", conta Layla, esposa de André.

Apesar de ele ter feito o seguro-viagem (seguro que tem como intuito cobrir despesas médicas e hospitalares, além de outros imprevistos) os custos da internação são altos e a família não tem condições de arcar. Por este motivo, foi iniciada uma campanha na internet, através de uma "vaquinha" on-line, com o intuito de conseguir ajuda para as despesas.

"Ele fez o seguro-viagem, mas que não cobre todos os custos da internação. Ele está na UTI e nos pediram um valor para depósito para manutenção de alguns procedimentos. Então, criamos uma vaquinha e já tivemos algumas doações", disse Layla, ressaltando que a família também entrou em contato com o consulado do Brasil para buscar auxílio.

No site em que a vaquinha foi criada, há uma meta estipulada em R$ 60 mil. A última atualização antes da publicação desta reportagem apontava uma arrecadação de R$ 6.945,90.



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