O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, se instalou no Ninho do Urubu nos últimos dias para trabalhar no local onde treina o time que vai a campo hoje contra o Santos em busca de uma sequência positiva após as eliminações da Copa do Brasil e da Libertadores.



No podcast Posse de Bola #81, Mauro Cezar afirma que o CT não deveria ser local de trabalho do presidente e que esta ação é uma jogada para a torcida justamente no momento em que o time tem tempo para treinar e pode mostrar evolução sob o comando do técnico Rogério Ceni.


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"O Landim não tem nada o que fazer lá, isso aí é jogar para a arquibancada, não tem nada o que fazer lá. Uma das coisas que eu até elogiei o Landim no começo, falei outras vezes, foi o presidente do Flamengo, como o presidente de qualquer clube, não tem, o presidente do Real Madrid, o Florentino Perez fica no CT lá olhando para a cara do Vinícius Júnior, do Benzema ou do Zidane? Não, ele fica lá na sede do clube, no Bernabéu, sei lá onde, algum escritório", diz Mauro Cezar.

"Ele quando vai ao CT, imagino, os caras falam 'o homem está aí', tem alguma coisa para dizer, ou é esporro ou é coisa boa. Se o time está mal, pode ser um esporro, se a coisa está boa, de repente um aumento, um bicho, um tapinha nas costas e tal. O presidente do clube tem que valorizar a sua presença no dia a dia com os atletas, eu vejo dessa maneira, porque para isso ele tem diretor executivo de futebol, tem gerente de futebol, tem vice-presidente de futebol, e acabou", completa.

O jornalista afirma que no período em que o português Jorge Jesus foi o técnico do clube rubro-negro, um dos aspectos positivos era justamente o afastamento entre o local de trabalho do treinador e dos jogadores em relação aos dirigentes.

"Agora também é mais fácil você aparecer, porque é justamente quando o Flamengo tem possibilidades reais de uma recuperação, semanas inteiras para treinar, para recuperar os atletas machucados, o técnico que chegou há pouco tempo pode conhecer melhor os jogadores, trabalhar melhor, está treinando finalização porque os caras não conseguem fazer gol", afirma o jornalista.



"É óbvio que esse tempo, pelo menos em tese, ele oferece ao departamento de futebol, ao treinador, aos atletas e tudo mais, uma melhora de rendimento, aí quando o presidente vai para lá, se o time melhorar o seu rendimento, alguém vai associar 'viu? O Landim foi para lá e o time melhorou', não tem nada a ver uma coisa para a outra, eu acho que isso é um factoide, é uma coisa para jogar para a torcida e eu acho que não passa por aí", conclui.

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