O empate entre Camarões e Alemanha (2 a 2, em Mönchengladbach) deve ser encarado como uma boa notícia, uma vez que os alemães são vistos como um dos favoritos do Mundial, ou como uma preocupação a mais para a seleção brasileira, já que os camaroneses estão no grupo do Brasil e, ao menos até agora, eram tidos como o adversário mais fácil da equipe de Felipão, na primeira fase?

Na entrevista coletiva de ontem, em Goiânia, Scolari optou pela segunda hipótese. Ele assistiu ao amistoso, pela TV, e se diz convencido de que a terceira partida do Brasil na sua chave não será mole. Se isso se confirmar, nossa seleção corre o sério risco de não ter nem sequer um joguinho mais tranquilo nessa Copa, pois a partir das oitavas, seu caminho até a grande final pode ter apenas campeões do mundo (Espanha, Uruguai, Alemanha e Argentina é uma possibilidade palpável). Já imaginou?

Perdedores?

Considero a Alemanha uma forte candidata ao título mas, há alguns dias, ouvi de um companheiro especializado em futebol internacional um comentário que merece atenção. Disse ele:

— Essa geração alemã é muito talentosa, mas não é ganhadora. Na hora da verdade, amarelou sempre...

E citou a Copa da África e as duas últimas Eurocopas como exemplos — todas vencidas pelos espanhóis, sendo que na última Euro a Alemanha nem sequer chegou à final, surpreendentemente batida pelos italianos, na semi.


Contra-argumentei com o sucesso dos times germânicos (que fizeram a final da Liga dos Campeões, no ano passado), mas houve tréplica:

— Os melhores times alemães, como os ingleses, os espanhóis e os italianos, têm grandes estrelas de outros países. O Bayern de Munique, por exemplo, é mais forte do que a seleção alemã, assim como o Barça e o Real são melhores do que a Espanha.

Saí do papo com a pulga atrás da orelha: afinal, a Alemanha esteve entre os quatro primeiros nas duas últimas Copas e Eurocopas. Embora, é fato, não tenha vencido nenhuma...

Bom teste?

Scolari lembrou na coletiva de ontem que, por muito pouco, o Panamá não se classificou para a Copa, no lugar do México, nosso adversário na fase de grupos. Portanto, na opinião dele, o teste de hoje será válido. Tomara..

Fúria inútil

O inflamado discurso do novo executivo de futebol do Flamengo, após o vexame diante do Cruzeiro, foi digno de aplausos. Mas de que adiantou toda aquela fúria se as injustificáveis férias de duas semanas foram mantidas?

Indócil

Assim como Felipão eu também estou louco para que essa Copa comece logo. Treinos, e entrevistas sem assunto são insuportáveis. Que role logo a bola!