Quando Flamengo e Palmeiras entrarem em quadra nesta quinta-feira à noite, às 20h, no ginásio do Tijuca, não será só o confronto entre os dois únicos clubes de camisa do basquete brasileiro que chamará a atenção de todos. A partida pela 21ª rodada do NBB marcará também o duelo particular entre os argentinos Nicolás Laprovittola e Maxi Stanic. Nascidos na mesma cidade, os armadores serão responsáveis por conduzir suas equipes e, ao mesmo tempo, tentar anular um ao outro.

A diferença de idade entre eles faz com que o jogador rubro-negro veja o palmeirense como uma referência no esporte. Mesmo sem jamais terem atuados juntos, os amigos se conhecem bastante por já terem se enfrentado diversas vezes pelo campeonato local.
- Nos enfrentamos muito na Argentina. Maxi é um jogador muito inteligente, experiente, que jogou na Itália. É um amigo meu, falo com ele sempre. Somos da mesma cidade, Morón, zona oeste de Buenos Aires. A diferença de idade o fez ser uma referência para mim - disse Laprovittola, que nesta sexta completa 24 anos.

Apesar de ser onze anos mais velho que o colega e adversário de logo mais, a recíproca é verdadeira. Recém-chegado ao Brasil, Stanic conhece o armador rubro-negro desde garoto e o considera uma das apostas do basquete argentino.

- Tenho uma excelente relação com Nico e uma grande admiração, até porque o conheço desde pequeno. Estou muito feliz com seu presente, mas tenho certeza que seu futuro será ainda maior. Ele fará parte da base da seleção argentina por muitos anos. Nico está crescendo muito em todos os aspectos, me parece que este ano no Flamengo ele encontrou, com a responsabilidade que tem na equipe, uma confiança e uma liberdade ofensiva que lhe faltavam na Argentina, mas que aqui tem desenvolvido muito bem - afirmou o reforço palmeirense.

Porém, se em solo hermano Stanic é a referência, o mais conhecido, o professor, nas quadras brasileiras é Nico quem está reinando com um campeonato irretocável até aqui, que o faz ser um dos candidatos a MVP da competição.

- Quando ele resolveu vir, eu liguei para ele. Acho que ele sabe ler a situação e conhece muito bem o jogo. Vai ajudar muito ao Palmeiras, principalmente no ataque - declarou Nico, que planejava levar o amigo para jantar depois do clássico.

- Nosso jantar ficará para uma próxima, pois teremos jogos bem próximos (quinta contra o Flamengo e sábado já diante do Macaé) - lamentou Stanic.

TONY WASHAM FOI COMPANHEIRO DE MAXI STANIC

Outro profundo conhecedor da performance do novo reforço do Palmeiras, que só realizou duas partidas nesta edição do NBB, é o americano Tony Washam, também recém-chegado ao basquete brasileiro.

Durante alguns meses, Tony e Stanic defenderam as cores do Obras Sanitárias, além de terem se encontrado em diversas vezes durante dois anos. De acordo com o ala-pivô rubro-negro, o clube alviverde fez uma bela contratação.

- É muito bom armador, grande jogador, grande pessoa. Ele é um cara muito de grupo. Pode chutar tanto de longe como passar a bola. Ele gosta muito de encarar a defesa e usar sua experiência. Nós jogamos poucos meses juntos no Obras Sanitárias, mas nos enfrentamos por duas temporadas - lembrou Washam, que também arrancou elogios do rival palmeirense.

- É um grande jogador e tem muita experiência. Jogou dois anos na Argentina, sendo campeão sul-americano, argentino e do quadrangular das Américas, ou seja, é um vencedor.

Enquanto os cariocas vivem seu melhor momento na temporada, com dez vitórias seguidas, que os colocam no topo da tabela do NBB com 16 resultados positivos em 19 jogos, os paulistas lutam para se firmar entre os 12 primeiros e conseguirem uma vaga nos playoffs. Com nove vitórias e nove derrotas, os palmeirenses ocupam a oitava posição.