Rio - A diretoria do Flamengo vive um dilema: manter o planejamento inicial de mandar mais dois jogos fora do Rio para faturar com bilheteria, ou investir em bons resultados em campo? O bom momento do time surpreende até mesmo os dirigentes, que agora fazem contas para saber se a possibilidade de retorno futuro vale a aposta. Nas quatro linhas, o desempenho recente já mexe nos cofres do clube. Pela primeira vez, o grupo alcançou a meta para receber a premiação de aproximadamente R$ 480 mil.
Kayke é um dos responsáveis pela boa fase do Flamengo no Brasileirão
Foto: Gilvan de Souza / Flamengo / Divulgação
A ideia era vender quatro mandos de campo para outras praças e, assim, arrecadar em torno de R$ 4 milhões. O jogo desta quinta-feira, contra o Coritiba, no Mané Garrincha, será o segundo neste Brasileiro no qual o Flamengo abre mão do Maracanã - o primeiro foi contra o Avaí, em Natal, pela 22ª rodada. A série de seis vitórias e a arrancada da parte inferior da tabela ao G-4, porém, plantaram a dúvida na diretoria.
Restam ao Flamengo seis partidas no Rio: Vasco, Joinville, Internacional, Goiás, Ponte Preta e Palmeiras. A venda de ingressos para o clássico carioca, dia 27, já foi aberta aos sócios-torcedores. Sobram cinco partidas que podem ser negociadas. Pesa contra o plano inicial de vender mais dois jogos o fato de que os rubro-negros ainda enfrentarão, fora de casa, Atlético-MG, Corinthians, Grêmio, Santos e Atlético-PR, todos concorrentes diretos por uma vaga na Libertadores.
O bom momento rendeu um trocado a mais aos jogadores. Com o campeonato divido em grupos de quatro jogos, pela primeira vez a equipe, agora dirigida por Oswaldo de Oliveira, cumpriu a meta de conquistar de nove a 12 pontos por bloco - ganhou de Sport, Avaí, Fluminense e Cruzeiro. A premiação prevê que o elenco divida R$ 40 mil por ponto conquistado.
“A partir do momento que você pega confiança, as coisas vão acontecer naturalmente no jogo”, disse Paulinho.
Paulinho: 'Gol mais bonito da carreira'
A sequência histórica de seis vitórias no Brasileiro guarda sinais de que a sorte, no momento, veste vermelho e preto. Contra o Cruzeiro, Luiz Antonio acertou um chute raro e marcou um golaço no Maracanã. Diante da Chapecoense foi a vez de Paulinho pegar bem na bola e deixar a torcida boquiaberta.
“Na hora nem acreditei que acertei aquele chute. Depois, fiquei vendo o vídeo com o Marcelo Cirino. Foi o gol mais bonito da minha carreira”, disse o atacante, que completou, domingo, 100 jogos pelo clube e recebeu camisa comemorativa pela marca das mãos do presidente Eduardo Bandeira de Mello.
Longe de casa?? Só se for na lua e olhe lá, ha torcida em todo lugar.