Fred Luz admite que Fla pode voltar à ideia de jogar em Edson Passos (Foto: Raphael Zarko)
A pergunta rondava a Gávea nesta sexta-feira: por que o Botafogo consegue viabilizar a ampliação do estádio Luso-Brasileiro e o Flamengo não? Em novembro do ano passado, a diretoria de Eduardo Bandeira de Mello, que seria reeleito pouco depois, já tratava do projeto de utilização do campo da Portuguesa da Ilha do Governador. A diretoria chegou a assinar carta de compromisso com os representantes do time lusitano. O plano era contar com empresas que investiriam em troca de isenções fiscais do governo, mas não foi à frente. A notícia de que o Botafogo vai transformar o estádio na Arena Botafogo deixou muita gente estupefata na Gávea. Depois do namoro luso-rubro-negro fracassar, a solução deve ser embarcar na carona do Fluminense e mandar jogos de menor porte no estádio Giulitte Coutinho.
A primeira impressão não foi boa em Edson Passos. O Flamengo empatou por 1 a 1 com o Boavista na estreia do Campeonato Carioca e a estrutura e o gramado do estádio ganharam muitas críticas. Em busca de solução menos desgastante para o time, o Fluminense está prestes a assinar contrato com o América para utilização do estádio em Mesquita – na segunda-feira, o presidente Peter Siemsen, em coletiva de imprensa, vai falar sobre a nova casa tricolor. Pessoas próximas das três diretorias envolvidas – Fla, Flu e América, além da empresa que vai fazer a reforma do gramado - dizem que o acordo com o Flamengo já está bem próximo, mas oficialmente o diretor geral Fred Luz diz que o time da Gávea ainda analisa o caso.
- Estamos acompanhando as negociações do Fluminense, mas ainda não definimos se o Flamengo vai utilizar Edson Passos – disse Luz.
Questionado sobre o acerto do Botafogo com a diretoria da Portuguesa, o diretor do Flamengo, via assessoria de imprensa, disse apenas que o clube não comentaria acordos comerciais de rivais, mas que ficava feliz com nova opção de estádios no Rio de Janeiro. Nos bastidores, o Flamengo não descarta nem mesmo procurar o Botafogo para utilizar a Arena da Ilha – apesar da condição recente do presidente Carlos Eduardo Pereira, quando o uso do Engenhão foi colocado na mira do Rubro-Negro.
Fla e Flu devem dividir custos de reforma do gramado do estádio em Edson passos (Foto: Hector Werlang)
Manaus cai, e Fla deve jogar em Volta Redonda na estreia
A falta do Maracanã e do Engenhão e a recusa vascaína por ceder São Januário, após a polêmica do confronto na casa do rival, somada à repercussão da coletiva da nova arena do Botafogo, serviu para aumentar as críticas na condução do assunto em cima da diretoria do Flamengo. O grupo "FlaFut" divulgou carta com o título “Um dia a casa cai... do céu”. Na mensagem, os torcedores lembram que a diretoria considerava “inviável, impossível ou caro demais” ampliar o estádio da Portuguesa da Ilha do Governador. Para o grupo, “a diretoria uma vez mais nada fez... (e viu) a movimentação de rivais – todos eles, indiscutivelmente, com menos recursos financeiros e menor potencial de marketing do que o Flamengo”.
O texto põe em dúvida o real interesse da diretoria em procurar solução no Rio: “Será somente incompetência? Falta de criatividade? Apatia? Ou será que, secretamente, interessa à nossa Diretoria seguir tendo um time nômade, combinando a possibilidade de maior faturamento com o periódico uso da velha e surrada desculpa do time “desgastado” a cada resultado negativo?”
Enquanto não resolve se entra de vez no projeto tricolor em Edson Passos, o Flamengo segue com os planos de jogar em Volta Redonda, casa aprovada por Muricy e pelos jogadores. A estreia no Brasileiro que poderia ser fora da Cidade do Aço e Brasília, palco de outras partidas este ano, não vai mais ser em Manaus. O time deve mesmo jogar contra o Sport no dia 14 no estádio Raulino de Oliveira.
* Colaboraram Edgard Maciel de Sá e Fred Gomes.
ate quando vamos aguentar isso?
ta fea a coisa tanto dinheiro e nada.
estamos passando vergonha dentro e fora de campo.
Esse time de futebolzinho mediocre é a cara dessa diretoria medrosa...