Cartola do cinema: O público se encanta, e ano após ano o número de espectadores aumenta

27/5/2016 19:02

Cartola do cinema: O público se encanta, e ano após ano o número de espectadores aumenta

LANCE! falou com Laudson Diniz, que convenceu os cinemas brasileiros de que a transmissão de eventos esportivos cairia no gosto do público e seria um negócio rentável

Cartola do cinema: O público se encanta, e ano após ano o número de espectadores aumenta
Laudson Diniz sonha levar eventos esportivos para as telas do Brasil inteiro (foto:Divulgação)

O executivo Laudson Diniz, 33 anos, tem um sonho: exibir nos cinemas a final do Mundial Interclubes da Fifa tendo o Palmeiras em campo. Ele é o responsável, desde 2010, por levar às telonas de todo o Brasil eventos esportivos internacionais, como acontecerá, neste sábado, na final da Champions.

Palestrino como toda a família, Laudson e o filho de 9 anos são sócios-torcedores do Palmeiras e frequentadores assíduos do Alianz Parque. Quando menino, ele chegou a passar em peneira da Portuguesa, queria seguir carreira, mas rompeu os ligamentos de um joelho aos 16 anos. Incentivado pelo pai, focou nos estudos, desistiu da bola e formou-se em administração.

O futebol pode ter perdido um talento, vai saber. Mas o esporte ganhou um aliado nos bastidores. Após atuar em redes de supermercados e de ensino, Laudson tornou-se gerente executivo da Cinelive, empresa responsável pela exibição ao vivo de eventos musicais, esportivos e corporativos nos cinemas. Foi por suas mãos que as finais da Champions, o Super Bowl, a Copa do Mundo, as Olimpíadas, o UFC e games chegaram às telas grandes.

Foi uma uma aposta na tecnologia digital e na multiplicação das salas 3D. Quando a Cinelive nasceu, o negócio de conteúdo ao vivo nos cinemas era incipiente não só no Brasil, mas em todo o mundo. Não haviam referências relevantes, o que existia à época era a expectativa de se tratar de uma ideia com enorme potencial. A Casablanca – grupo de imagem a que está ligada a Cinelive – já tinha a engenharia necessária, equipamentos que recebem o sinal via satélite e fazem a integração com os projetores digitais das salas. O que faltava era alguém que convencesse os cinemas de que o negócio era viável e lucrativo para todos. Esse alguém foi o Laudson.

A tarefa pode não ter sido fácil, mas deu resultado. Quando a primeira final da Champions foi exibida, em 2011 (Barcelona x Manchester United), apenas 11 salas aderiram ao projeto. Agora, cinco anos depois, serão 103 salas em 46 cidades de 18 estados a exibir o confronto entre os espanhóis Real e Atlético. Um salto geométrico, mas que, para Laudson, é apenas o primeiro tempo do jogo.

BATE-BOLA

– Por que a UEFA Champions League e não o Brasileirão?

A Champions é o principal campeonato de clubes do mundo e vem ganhando cada vez mais visibilidade junto ao público brasileiro, muito por conta da presença de jogadores nacionais nos times europeus. Por isso, quisemos levar a sensação de estar no estádio sem o espectador precisar viajar milhares de quilômetros para assistir à final. Um dos fatores que motiva a ida do público ao cinema é a partida especial, única. O Brasileirão há alguns anos segue o formato de pontos corridos, ou seja, sem final e sem saber com antecedência quando será o “jogo do título”, o que dificulta atrair o interesse do público de cinema. Mas não descartamos nenhum campeonato. Transmitimos partidas da Copa no Brasil e foi sucesso de público, mesmo sem ser final. Esse formato de futebol no cinema é relativamente novo no Brasil e, certamente, tende a ganhar força e adeptos nos próximos anos.

- Como tem sido a reação do público nos cinemas?

O público se encanta. Por isso, ano após ano o número de espectadores aumenta. A pessoa vai, se emociona com a experiência e no próximo ano convida amigos para irem juntos. Para se ter uma ideia, a primeira final da Champions que transmitimos, quando o Bayern perdeu da Internazionale em Madri, levou cerca de 1.200 mil pessoas aos cinemas. No ano passado, já foram 24 mil pessoas para assistir à vitória do Barcelona sobre a Juventus, direto de Berlim.

- O que diferencia a exibição dos cinemas de uma transmissão convencional da TV?

Ir ao cinema para assistir qualquer tipo de conteúdo diferente de um filme já é uma nova e rica experiência. Quando você opta por assistir a um jogo no cinema, você abre um leque de opções: o conforto, a telona, alta definição, qualidade de som, o público comportando-se como torcida, narrador e comentarista exclusivos para os cinemas, que têm interatividade direta com o público, o que transforma a transmissão em um programa dinâmico e diferenciado.

– Mas se é para torcedor se sentir numa arena, a cerveja, também está liberada, como na Europa?

A torcida é completamente liberada! Quanto às bebidas, alguns cinemas estão liberados para comercializá-las. E assumem a responsabilidade de vender somente para maiores de 18 anos, é claro.

– Este ano a Cinelive anunciou uma parceria com a Globo. O que muda em relação ao acordo com a ESPN, que tinha os direitos até o ano passado?

A parceria com a Globo é mais uma prova de que o conteúdo especial está ganhando força e se consolidando. Para este ano, o espectador contará com a narração de Jader Rocha e comentários de Wagner Vilaron, exclusivamente para os cinemas. Quem for poderá interagir com eles pelo Twitter, uma outra vantagem que implementamos, nas últimas transmissões de finais da Champions

– Além da Champions League, quais outros eventos vocês já transmitiram?

A primeira iniciativa ocorreu em 2010, quando realizamos quatro jogos da Copa do Mundo na Africa do Sul, em caráter experimental, juntamente com a Globo. De lá para cá, além das cinco finais da Champions, exibimos vários jogos da Copa de 2014, todos os do Brasil e inclusive a partida final entre Argentina e Alemanha. Também fizemos uma final da Copa do Rei da Espanha, com bastante sucesso.

– E os outros esportes?

Fizemos incursões em outras modalidades, sim. Já são três edições do Super Bowl exibidas no cinema, em parceria com a ESPN com narradores e comentaristas exclusivos. Transmitimos três edições do UFC, inclusive o de Londres, que marcou o retorno do Anderson Silva ao octógono, e mostramos ainda eventos Olímpicos, nos Jogos de Londres em 2012.

– A transmissão de campeonatos de games segue esse mesmo espírito?

Em julho transmitiremos a segunda etapa da final do Campeonato Brasileiro de League of Legends (jogo eletrônico online em que duas equipes lutam em diversos campos de batalha). Esse é outro fenômeno que leva aos cinemas milhares de pessoas. Já exibimos duas edições anteriores. No ano passado, com exclusividade e diretamente do Allianz Parque, tivemos sucesso absoluto entre os fãs e jogadores.

Número de pessoas nas transmissões:

Final da Liga de 2015 - Barcelona 3x1 Juventus - 24 mil
Final da Liga de 2014 - Real Madrid 4x1 Atlético de Madrid - 14 mil
Semifinal da Copa 2014 - Brasil 1x7 Alemanha - 12 mil
Super Bowl 50 (2016) - Denver Broncos 24x10 Carolina Panthers - 10,7 mil
League of Legendes (2016) - Paim Gaming 3x0 INTZ - 10 mil

674 visitas - Fonte: Lancenet


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