Com quase 88% de aproveitamento em 11 jogos na temporada - são oito vitórias, uma derrota e dois empates -, o Flamengo de Paulo César Carpegiani procura a evolução que parecia natural na primeira vitória sobre o Botafogo, lá no início de fevereiro. Naqueles 3 a 1, o Rubro-Negro não deu chances ao adversário e fez valer sua qualidade justamente em cima do modelo de jogo escolhido pelo treinador: movimentação e muita troca de passes entre seus meias.
Mas, 21 dias depois, o resultado deste sábado - 1 a 0, gol marcado por Rhodolfo logo aos três minutos de partida - veio com futebol bem mais pobre. A vantagem no início da partida condicionou o comportamento das equipes no estádio Nilton Santos, mas olhar para outros números - deixando de lado a estatística da temporada, que, para além do alto aproveitamento, também mostra média de gols marcados de 1,54 por partida e 0,63 de gols sofridos - serve de contraponto à reflexão que Carpegiani provocou após a vitória desse sábado.
No jogo contra o Botafogo, o Flamengo trocou seu menor número de passes na competição. Foram 50 a menos que o pior índice até então, na vitória também por 1 a 0 sobre o Bangu, na terceira rodada da Taça Guanabara. Nesse sábado, foram 224 passes certos e 29 errados. Veja a tabela abaixo, no levantamento por rodada do site Footstats.
Ao todo, nos 90 minutos da partida no Engenhão o Flamengo finalizou nove vezes (seis erradas e três na direção do gol) - só tentou menos vezes chegar ao gol adversário na derrota por 4 a 0 para o Fluminense, no último fim de semana (seis finalizações, duas com direção e quatro para fora). Dos chutes desse sábado, quatro saíram de fora da área, longe da meta de Gatito Fernandez. A presença ofensiva do Flamengo foi mais tímida até mesmo em bolas aéreas ofensivas. Foi a partida com menor número de cruzamentos do Flamengo no Carioca - 14 contra 18 no jogo contra o Fluminense, o índice mais baixo até então.
O início de trabalho de Carpegiani no Flamengo passa pela tentativa - muito válida, por sinal - do treinador aproveitar o que tem de melhor no elenco. Na teoria, com Diego, Éverton Ribeiro, Lucas Paquetá e Everton, o time é bem mais técnico e tem maior potencial de definir jogos. Na coletiva de imprensa, depois da vitória desse sábado, Carpegiani voltou a lembrar que se o time não render o que ele espera neste sistema faltamente será obrigado a mexer na equipe.
Estou tentando aproveitar aquilo que tenho de melhor tecnicamente falando. Para desenvolver nosso sistema tático, estou tentando favorecê-los (no esquema). Existe a necessidade de povoar alguns setores para que eles possam jogar juntos. Se eu sentir alguma coisa diferente do que quero na equipe, já disse isso uma vez, farei a modificação que julgar necessário - afirmou o treinador.
É preciso de mais jogos para acompanhar a evolução do entrosamento e do condicionamento físico dos atletas, que vem naturalmente no decorrer da temporada, para avaliar melhor o time do Fla. Jogadores importantes como Éverton Ribeiro e Diego parecem com dificuldade de trabalhar de uma área a outra, com menos intensidade que o esquema exige - Lucas Paquetá, de 20 anos, hoje é o jogador mais efetivo do Flamengo, seja com a bola no pé, driblando, criando jogadas e chamando a atenção da marcação (foi quem mais recebeu falta no time no Carioca), ou na marcação no meio de campo - é o segundo maior ladrão de bolas (atrás apenas de Renê) da equipe.
Um grande tecnico.
Deixe ele trabalhar.
Carpeggiani é excelente treinador. O que falta é maior entrega dos atletas. Paquetá é excelente jogador, é exemplo de honra ao manto, tem feito muito, mas é um só. Precisaria que todos se dedicassem da mesma maneira
esse PCCapermerda nunca foi treinador
PCCapemerda nunca foi treinador, esse babaca