O que fazer para nossos bons jogadores começarem a jogar bem?

21/4/2018 08:04

O que fazer para nossos bons jogadores começarem a jogar bem?

O que fazer para nossos bons jogadores começarem a jogar bem?
Texto: Fabricio Chicca

Sempre eu hei de ser… um esperançoso. Estou atrasado com essa coluna, sempre as escrevo nos domingos para serem publicadas nas sextas, mas dessa vez tive que mudá-la. Participei das duas transmissões dos jogos do Flamengo pela Tv Coluna do Flamengo no youtube, com os mestres Rafael Penido, Thigú Soares e Bruno Pet. Durante os jogos a repercussão no chat e nos comentários pós-jogo foram quase unânimes nas críticas aos nossos meias, Diego Ribas e Everton Ribeiro.



Claro que as críticas são frutos das expectativas que se criaram ao redor desses jogadores. Desde a segunda metade do campeonato de 2016, quando arrancamos para o que deveria ter sido o título brasileiro, vivemos da esperança de sermos campeões de algo e nada ganhamos. Escolhemos os culpados, o da vez é o Diego-cabelo-com-gel. O que será que se passa com o jogador? Falta de cobrança por parte da diretoria? Apesar de haver uma indicação forte, ninguém tem como afirmar que não há cobrança. Apesar da bananice em público, pode haver uma cobrança interna imensa, qualquer coisa que se fale a esse respeito é tão somente especulação. Diego desaprendeu a jogar? Everton Ribeiro é uma enganação? A diretoria é fraca? Tudo isso pode ser verdade, mas para mim há uma explicação mais fácil e realista: não temos um padrão tático. Já que faz muitos anos que não temos um técnico decente.

Zé Ricardo, depois de pegar terra arrasada de Muricy, estabeleceu um padrão tático arcaico, simplório, e sobretudo, simples de ser anulado. Qualquer time com dois volantes bons, ou com laterais médios e zagueiros rápidos estava apto a anular as subidas dos meias rápidos e medianos pelos lados do campo. Nesse cenário o time perdeu fôlego e ficou para trás no brasileiro… O Zé Ricardo caiu porque era limitado, um técnico em começo de carreira com algum potencial, mas que vai ter que estudar para ser bom algum dia.

Veio o Rueda, e passou sem ter tempo e/ou competência para arrumar o time. Carpegiani, quem? E agora Barbieri. Antes de começar o discurso a respeito dos nossos meias, pergunto: Porque o Romero e o Rodriguinho tem sido destaques naquele outro time? Vocês acham que ambos renderiam o mesmo no Flamengo? Tratam-se de dois titulares do time campeão paulista e brasileiro. Vale destacar, na bola ambos são piores do que Diego e Everton Ribeiro, e muito.

Acontece que podemos culpar quem quer que seja, mas o fato não vai mudar, esses jogadores só vão render de verdade quando tivermos um time organizados. Meias precisam necessariamente de movimentação, flutuações, trocas de posição, apoio de laterais, ultrapassagens para levar a marcação e volantes, e o Flamengo no momento não tem nada disso (diga-se de passagem, teve por 20 minutos contra o Santa Fe). Diferente de goleiros, zagueiros e volantes, meias precisam de movimentação dos seus pares assim como atacantes têm de ser municiados. Mas no Flamengo o que se espera deles é simplesmente que criem a jogada, enfiem uma bola, e pimba, resolvam o problema. Acontece que duas linhas de 4 jogadores, compactas, faz com que bolas enfiadas sejam quase impossíveis sem uma movimentação em diagonal treinada e organizada, coisa que o Flamengo não o faz.

Claro, pela posição em campo, meias podem, se forem criativos, criar uma jogada do nada, mas essas são exceções. Criticam-se ambos porque eles não estão criando, portanto pela lógica irracional são culpados. Acontece, como me referi acima, que os demais jogadores não se movimentam, não aparecem para receber, alguns, talvez pela pressão que o time esteja passando, talvez por ignorância técnica e tática, simplesmente correm em direção a marcação.

Eu divido a indignação pela falta de inconformidade, as péssimas entrevistas que demonstram falta de inconformismo, mas por outro lado eu não vejo falta de vontade nesse time, eu vejo um time bagunçado, sem nenhuma variação tática, previsível, ou seja, mal treinado. O Flamengo hoje, do jeito que está, é uma máquina de moer craques. Quase todos os jogadores que eram problemas foram trocados, e mesmo assim o time não rende… Esqueçam essa ciranda de troca de jogadores, nada vai funcionar se o time não for bem treinado. Algumas peças facilitariam muito a vida do técnico, como por exemplo um zagueiro veloz, um lateral que soubesse cruzar e outro que soubesse fazer cobertura, mas um bom técnico seria capaz de criar um time com um conjunto suficientemente bom para que essas deficiências fossem cobertas pelo grupo.

Nos últimos anos contratou-se demais em certas posições, de menos em outras, planejou-se um time através de oportunidades de meio de ano. Futebol não é isso, futebol é achar o treino que aquele grupo de jogadores entenda e repetir a exaustão, o que se espera do Flamengo é mais um milagre, como 2009, 2013…

671 visitas - Fonte: Coluna do Flamengo


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E enquanto continuar essa "bagunça", o Flamengo não vai passar disso - nadar, nadar e morrer na praia - esse tropeço contra o Santa Fé é para deixar o sinal de alerta ligado (duvido). Chega de "construir" treinador e traga logo alguém com bagagem para dar uma balançada na moral da rapaziada. O time, no papel, é uma maravilha, porém, na prática, é uma lástima. Essa galera do comando cansa de apanhar e não aprende nunca. Ou alguém (de competência) tome uma atitude ou será mais um ano perdido. Lastimável.

Fernando Diniz arrumaria esse time sem dúvidas, temos um goleiro que san jogar com os pés e muito gente que sabe tocar a bola e hoje o Atlético PR é o time que mais troca passes com objetividade, e que é o técnico? Fernando Diniz. Antes de comentarem alguma coisa dêem uma olhada no segundo gol do Atlético PR contra o São Paulo, um show de trocas de passe até o gol.

Luxa já provou que não é mais técnico. O Felipão nem se fala, nunca foi. Com aqueles jogadores de 2002, até o Joel Santana teria sido campeão.

Boa matéria, é exatamente o que sempre falo. Um goleiro se destaca, mesmo com um sistema defensivo fraco, mas um meia só vai aparecer se estiver num time bem treinado, a não ser que seja um Messi da vida, que dribla meio time. No caso do Diego, que o ponto forte é o passe, só vai render quando todos falarem a mesma língua.

Vocês não entenderam nada da reportagem. O problema não é o jogador, é técnico e tático. Se você ceder um Everton Ribeiro para o Corinthians, ele será, ao término do campeonato, o melhor jogador da competição. Isso é muito claro quando assistimos os jogos do Mengão. Precisamos, no máximo, de mais três jogadores médios e um técnico como o Carine, técnico do Corinthians. Ele quer quanto? Um milhão por mês. Contrata que teremos resultados a médio prazo. Um grande abraço e saudações rubro-negras.

Andrey Alves     

Manda a mulanbada tudo embora!

Felipão ou Luxa no MENGÃO os cara estão demorando demais para contratar o técnico.

criar vergonha na cara o Diego fica preocupado com cabelo o werverto Ribeiro pior ainda

começar a atrasar o pagamento

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