Pouco mais de um ano após ser criada, a divisão de esporte eletrônico do Flamengo foi altamente atacada por uma conselheira do clube no início desta semana. Se para Marion Kaplan a "modalidade fere o estatuto do clube por 'não se tratar de um esporte'" e ser uma "piada pronta", para a agremiação o esport deixou de ser uma aposta e tornou-se algo concreto. É o que afirma o ex-vice-presidente de marketing, Daniel Orlean.
Ao ESPN Esports Brasil o executivo afirma que “do ponto de vista desportivo o esport consolidou dentro do clube” e “ganhou respeito não só das pessoas que não conheciam, mas também daqueles que conhecem o cenário”. Orlean reitera ainda que o Flamengo eSports é “autosustentavel”.
"Desportivamente, financeiramente e do ponto de vista de audiência o balanço é bem positivo. Tivemos crescimento em nossas redes sociais dedicadas ao esport e atletas ganhando diferentes prêmios", aponta Orlean.
COMO O FLAMENGO VÊ O ESPORT
A entrada do Flamengo no mundo dos esportes eletrônicos começou a ser desenhada em junho de 2017, quando o departamento de marketing elaborou e levou um relatório para a aprovação dos conselhos administrativos e deliberativo. O aval foi dado por unanimidade um mês depois e a divisão de esport foi criada em outubro daquele ano em conjunto com a Cursor e-Sports - que mais tarde foi englobada pela Go4It.
Quando ainda exercia a função, na época em entrevista ao MyCNB, Daniel Orlean afirmou que a iniciativa fazia parte do projeto de alinhar o clube às "mudanças de comportamento dos torcedores do clube" e ao "interesse do grupo mais jovem da torcida no e-sport". Na visão do executivo, muitas vezes falta "uma conexão com o time de coração" para os jovens.
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Dois anos depois, ao ESPN Esports Brasil, o ex-VP fala que o ingresso do Flamengo nos esportes eletrônicos foi "um voto de confiança do marketing na modalidade e do clube no marketing". Orlean afirma que "quando a gente mostrou os resultados, as pessoas envolvidas elogiaram e se surpreenderam positivamente.
Orlean revela que a divisão de esport era uma "aposta" e que só conseguiu tirá-lo do papel por conta do "saldo de ter feito um trabalho no marketing que me deu alguns espaços no clube". O executivo continua dizendo que "não era uma aposta minha porque eu sabia que o espaço existia, que os investidores existiam, que os patrocinadores existiam, que o elenco era possível de ser montado e os campeonatos, disputados".
O ex-vice-presidente de marketing finaliza dizendo que
"era uma aposta de quem não conhecida, era um salto meio no escuro que eles tiveram que confiar em mim e na minha equipe. Então, o clube fez um balanço positivo também".
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Flamengo, Esport, Mengão
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