A história do futebol de botão

11/8/2021 18:53

A história do futebol de botão

Qual a trajetória da modalidade do futebol de botão até os dias atuais?

A história do futebol de botão
Vamos te mostrar como surgiu o futebol de botão, como ele se popularizou até ganhar casas no Brasil e no mundo, onde pessoas começaram a participar tanto de competições profissionais como amadoras

Você sabia que o futebol de botão tem suas origens vindas, principalmente, do Brasil? Isso mesmo! Ao que tudo indica, principalmente, por relatos de colecionadores, o futebol de botão foi popularizado no Brasil por um brasileiro chamado Geraldo Décourt, isso em 1930, no Rio de Janeiro, primeiro ele utilizou madeira, depois passou para o plástico. Décourt, que era músico e publicitário, ainda foi organizando eventos de futebol de botão e entre 1930 a 1980 estabeleceu várias regras (escritas em uma livro), à medida que o sucesso e a prática da modalidade foi aumentando e ganhando adeptos.

De início, o futebol de botão era jogado nas calçadas, com um giz para desenhar os limites do que seria o campo de futebol, com tijolos e algo mais que as pessoas tivessem à mão. As peças não deslizavam muito bem, então passou a ser praticado também em pisos de cerâmica, madeira ou mármore, o que facilitava tanto para o deslizar das peças quanto para os jogadores, uma vez que não precisariam mais ficar por tanto tempo agachados no chão.

Antes mesmo de 1930, existia um jogo com botões de roupas, na região norte do país, principalmente no Pará, ali por volta de 1920, mas depois foi criado o que mais se aproxima do que conhecemos hoje como futebol de botão, primeiramente criado com botões de madeira, e logo depois no formato mais popular, de plástico. Jogado em uma mesa com formato de campo de futebol e os botões simulam os jogadores, que seguem o mesmo objetivo do futebol de campo ou quadra, passar pelo adversário e fazer um belo gol, mas nesse caso do futebol de botão com as mãos mesmo, que movimentam as peças com a ajuda de uma palheta.

Foi mesmo no Rio de Janeiro, com Décourt (apesar de nascido em Campinas, estado de São Paulo), que o futebol de botão se espalhou pelo Brasil, mas na época não era conhecido por esse nome, e sim por Celotex, material que eram feitas as mesas que as pessoas jogavam.

Em 1950 o futebol de botão já era protagonista em várias ações de marcas, começaram a ser produzidos os botões industrializados, de plástico e com adesivos, muitos destes adesivos com rostos de jogadores de futebol conhecidos e importantes da época. Além dos botões de plástico, também eram produzidos os de acrílico, mas os de plástico sempre foram a maior parte da produção comercializada.

A partir de 1970 o material mais utilizado para produzir os botões tornou-se acrilico, ainda o mais usado nos dias atuais, continuando a ter estampas e passaram a ter botões argola, que são os mais adaptáveis a quem é jogador profissional, porque acabam criando um atrito homogêneo com a mesa.

Outra peça essencial no jogo, além dos botões, são as bolinhas, que nas décadas passadas já foram feitas de miolo de pão, lã e cortiça, hoje costumam ser feitas de plástico ou feltro. Já a paleta geralmente é feita de resina, a peça é usada para impulsionar os “jogadores” (botões) na mesa, mas também há aquelas feitas de plástico.

Entre 1970 e 1980, a modalidade se espalhou e muito pelas casas dos brasileiros. Sendo três modalidades oficiais praticadas até os dias atuais, a baiana, a carioca e a paulista, o que diferencia é a quantidade de vezes, toques, que o jogador pode dar em cada lance. A baiana é disco um toque, a carioca é bola de três toques, e a modalidade paulista com bola doze toques.

A regra principal do futebol de botão é similar ao futebol tradicional, quem marcar mais gols vence. São duas fases de partidas, cada uma com duração de 10 minutos, totalizando o jogo em 20 minutos com um intervalo de 10 minutos entre uma partida e outra. Cada jogador conta com 10 botões pelo campo, sendo um deles o goleiro, caso o jogador não consiga tocar na bola ao se movimentar a palheta, ele passa a vez para o outro jogador.

É proibida qualquer ação do goleiro na grande área, não pode mexer a peça que representa o goleiro com a bola em jogo, apenas quando o competidor estiver com a posse de bola. Essa peça na modalidade bola 12 toques, por exemplo, tem comprimento de 8 cm com 3,5 cm de altura e 1,5 cm de espessura, podendo ser de qualquer material, com exceção de metálico, vidro ou outro material que possa ser perigoso ou machucar os competidores (chamados de botonistas).

Outras curiosidades muito interessantes sobre o futebol de botão:
no ano de 1988 o futebol de botão passou a ser uma modalidade esportiva, reconhecido pelo Conselho Nacional do Desporto (ligado na época ao Ministério da Cultura, hoje Secretaria do Esporte), ao lado do xadrez e do bilhar, passando a ser conhecida e praticada por vários países mundo afora;
as primeiras mesas utilizadas eram feitas de madeira ou Celotex (material do bagaço da cana-de-açúcar);
hoje as mesas do futebol de botão são feitas de uma mistura de madeira com cola, chamadas de aglomerado;
em 1962 é fundada a Federação Paulista de Futebol de Mesa; e em 1971 é fundada a Associação Carioca de Futebol de Mesa;
o dia 14 de fevereiro, dia do nascimento de Décourt, foi reconhecido pelo governador Geraldo Alckmin em 2001, como o “Dia do Botonista”;
em 1975, Décourt, Antonio Maria Della Torre (que seria campeão do Campeonato Brasiliero de Futebol de Botão em 1982) e alguns outros Botonistas fundaram o Botunice, Clube de Botonistas dos Campos Elísios;
em 1992, em Curitiba, é fundada a Confederação Brasileira de Futebol de Mesa (Botão), com a presença das Federações Amazonense, Paranaense, Paulista e Pernambucana;
em 2009 ocorreu o primeiro mundial da categoria 12 toques, disputado na Hungria, com o Brasil campeão mundial de seleções.


Muitos campeonatos foram disputados de forma ininterrupta entre 1989 até 2000, principalmente nos estados de São Paulo e Paraná, demonstrando o quanto esta modalidade esportiva ainda continuou com forte atividade pelo país, havendo vários torneios e taças aos participantes de diversas categorias, A1, A2, Juvenil, Ouro, Prata, bronze, Extra, Juvenil Ouro e Juvenil Prata (para individuais). Mas, claro, sem excluir as diversas competições que existem pelo Brasil.

O futebol de botões é para todas as idades, ótimo tanto para adultos, quanto para crianças, ajuda no raciocínio rápido, incentiva a prática de esportes e à movimentar o corpo! Não há contraindicações, agora que já conhece sua história, fica ainda mais divertido praticar a modalidade!


Texto em parceria com https://amelhorescolha.com/

534 visitas - Fonte: TorcidaFlamengo


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