Do metal bruto à joia rubro-negra: veja como é feita a medalha de 120 anos

14/11/2015 12:40

Do metal bruto à joia rubro-negra: veja como é feita a medalha de 120 anos

GloboEsporte.com acompanhou todo o processo de fabricação das peças na Casa da Moeda. Com apenas 250 unidades, modelo de ouro chega a custar R$ 27 mil

Do metal bruto à joia rubro-negra: veja como é feita a medalha de 120 anos


O que é necessário para transformar uma barra de metal de 6kg em uma joia de 100g e 50mm de diâmetro que pode custar até R$ 27 mil? A raridade do material aliada a um minucioso trabalho maquinário e manual até pode nos ajudar a explicar o alto valor de mercado. Porém, só uma paixão irremediável pode desvendar o fato de existir público consumidor de uma peça com preço de um carro popular. Trinta mil destes exemplares - de seis tipos diferentes - foram fabricados na Casa da Moeda. São as medalhas comemorativas do aniversário de 120 anos do Flamengo. E o GloboEsporte.com acompanhou todo o processo elaboração deste pequeno pedaço de metal que certamente será transformado em objeto de desejo no imaginário da massa rubro-negra.

Fundada em 1694 por D. Pedro II originalmente na cidade de Salvador, a Casa da Moeda, hoje situada da Zona Oeste do Rio de Janeiro, é responsável principalmente pela fabricação de cédulas e moedas (meio circulante) do país, além de alguns documentos. Lá, existe o Clube da Medalha, setor que foi responsável pela elaboração das medalhas do Flamengo e que também produzirá as premiações dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

- Vamos produzir 30 mil medalhas comemorativas do Flamengo. É a maior tiragem da história do Clube da Moeda. Anteriormente, nossa maior tiragem havia sido da visita do Papa (Francisco), que foram 10 mil medalhas. E acredito que vai acabar rapidinho, a massa é grande - afirmou o gerente de comercialização do Clube da Medalha, Victor Martins.

Foram produzidos seis tipos diferentes de medalhas comemorativas para o aniversário de 120 anos do Flamengo. Em ordem de valor: bronze, bronze resinada, bronze dourado resinada, prata, prata resinada e ouro. Os preços variam entre R$ 90 (bronze) e R$ 27 mil (ouro). Embora a apresentação oficial das peças seja neste sábado, nas comemorações na sede do clube, a pré-venda para funcionários do Flamengo e Casa da Moeda já estava aberta. E acredite: duas unidades de ouro já foram vendidas. Ao todo, apenas 250 unidades deste modelo foram produzidas.

O trabalho de transformar um metal bruto em uma medalha com um valor de mercado tão grande leva aproximadamente 12h - sem contar os intervalos de produção. A maioria passa por nove processos diferentes, entre máquinas pesadas e trabalhos manuais minuciosos. Apenas o modelo bronze resinado dourado passa por um trabalho adicional, o banho de ouro. Em comum, as etapas, em ordem, são: fundição, usinagem, laminação, corte, cunhagem, carimbo, pátina, resinagem (exceto para as de bronze e prata simples) e embalagem.

Os primeiros quatro passos consistem em transformar o metal bruto em discos no tamanho e espessura determinados pelo projeto. A partir da cunhagem, a medalha começa a ganhar a cara final. Neste momento, a peça recebe os desenhos artísticos. No anverso, a composição é feita com asas que fazem alusão ao símbolo da nação rubro-negra em conjunto com detalhe do escudo atual do Flamengo. No reverso, o primeiro escudo do clube de 1895 e, abaixo, a marca em comemoração aos 120 anos de criação - esta escolhida através de votação popular no GloboEsporte.com. Estas marcas são estampadas através de um par de cunhos - peças metálicas com o desenho artístico. A marca é gravada através de golpes maquinários. Neste sábado, o par de cunhos será destruído em solenidade na Gávea, o que garantirá que nenhuma peça idêntica seja produzida novamente.

Em seguida, a medalha recebe o carimbo, uma espécie de DNA. É este processo que transforma o modelo em único. Na orla, as legendas "Clube de Regatas Flamengo" e "Raça, Amor e Paixão" são gravadas. Além disso, um número de série e o material utilizado também são inseridos. Tudo feito, um por um, de forma manual por funcionários da Casa da Moeda. Detalhe: todo manuseio das medalhas após a cunhagem é realizado com luvas para evitar o engorduramento da peça.

Depois de ganhar o carimbo, é hora da pátina. Este processo confere o aspecto sombreado em alguns detalhes da medalha. O passo é todo maquinário. A peça é mergulhada em uma mistura que envolve uma solução química para escurecimento e um abrasivo mineral para "limpar" as partes em alto relevo. O resultado é surpreendente.

Medalha após passar pelo processo de pátina: etapa confere aspecto de sombreamento (Foto: Chandy Teixeira)

Finalizada a pátina, os modelos de bronze, prata e ouro já estão prontos e seguem para o setor responsável pelo embalo dos produtos. Os três restantes seguem para a resinagem. Lá, o escudo gravado ganha as cores rubro-negras. O processo volta a ser completamente manual. Funcionários treinados e hábeis realizam o trabalho milimétrico. Cabe ressaltar que ao fim de cada trabalho, a medalha passa por uma inspeção de qualidade. Em caso de reprovação, a peça volta para a linha de produção anterior. Em situações de danos mais graves, a medalha retorna para o estágio inicial e será fundida novamente.

Estamos perto do fim. Apenas o modelo bronze dourado resinado ainda não está pronto para ser embalado. Ele ainda precisa do banho de ouro. Este passo é feito com a ajuda de soluções químicas e até eletricidade. Tudo para garantir que a medalha seja coberta com uma fina camada de ouro, sem deixar qualquer espaço vazio. Em seguida, todas as peças ganham uma caixinha de embalagem e um certificado de garantia.

Gostou? As medalhas já estão à venda para o grande público em até três vezes sem juros no cartão de crédito. A comercialização será feita na Gávea - em dias limitados - e no site do Clube da Moeda. Até o fim da manhã deste sábado, pouco mais de 3.200 unidades já haviam sido vendidas. Em caso de venda total, a arrecadação vai ultrapassar R$ 11 milhões.

2083 visitas - Fonte: GE


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