Ainda desconhecido por grande parte da torcida do Flamengo, Rodrigo Muniz pisou no gramado do Maracanã no empate com o Macaé aos 34 minutos do 2º tempo. Foram cerca de 15 minutos em campo, o bastante para quebrar o gelo no profissional.
Mas quem acompanha o garoto na base apresenta credenciais de respeito: artilharia da Copa do Brasil sub-20, golaços, funções variadas no ataque e muita irreverência.
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O GloboEsporte.com conversou com o jogador de 18 anos. Entre os assuntos, os primeiros passos, a adaptação ao Ninho do Urubu e as inspirações no futebol.
FAMÍLIA: AXÉ!
Muniz chegou ao Flamengo em 2018 após destaque na Copinha com a camisa do Desportivo Brasil. Mas a trajetória no futebol começou muito antes, ainda em São Domingos do Prata, interior de Minas Gerais.
- Desde os 5 anos meu pai me leva para treinar. Ele chegava do serviço às 17h, 17h30 já estava no campo. Desde pequeno meu pai pegava no meu pé, com 8 anos fui para o Nacional, da minha cidade. Eu já era meio fortinho (risos). Isso me ajudou bastante, me destacava sempre.
E é do pai Alexandre Carvalho que Rodrigo traz uma herança: o gosto pelo axé! Cantor na cidade, com direito a nome artístico, a zoação tomou conta do bom ambiente da base rubro-negra.
- Gosto muito de axé, sabe? Meu pai é cantor na minha cidade, então festa na cidade, carnaval, ele canta. Sou do carnaval desde cedo. Alex Carvalho é o nome artístico dele (risos). Aqui pegam no pé dele, porque no Instagram tem vídeo fazendo a dancinha. Aí aqui eles ficam, "que tiro foi esse?" (risos). É f***. Todo mundo fica zoando.
PREFERÊNCIA PELA 9
A chegada ao sub-17 foi de evolução com o treinador Phelipe Leal. O reflexo veio em campo, em atuações e golaços: dois deles do meio-campo (veja o vídeo abaixo).
- Muita coisa foi dando certo, eu fui artilheiro da Copa do Brasil sub-20, mas infelizmente não fomos campeões. Estou mantendo uma boa média de gols, muito feliz, todos me ajudando bastante. Desde que cheguei no sub-17 me apoiaram bastante. O meu estilo de jogo faz com que eu marque esses gols bonitos. Está sendo bem legal, treinando forte na semana e dando certo nos jogos.
No sub-20, nova função: não mais um segundo atacante, mas um homem de referência de fato. Muniz não sentiu o peso da 9 e virou sinônimo de gols. A mudança ao sub-20 exigiu ganho de massa e adaptação ao estilo de jogo.
- No sub-17 eram dois centroavantes, no sub-20 só um, então fiquei mais como 9. E eu prefiro, me sinto mais à vontade. É muita intensidade, muita força. Desde que cheguei ao sub-20 ganhei muita massa, precisa para para jogar, porque é muito físico. Lá você pega umas zagas mais fortes, os caras batem, alguns são até maldosos (risos). Na hora que o pau come, come mesmo.
SONHO, ÍDOLOS E... PERSONALIDADE!
Na cabeça do garoto que vem ganhando as primeiras chances no time profissional, apenas um sonho: a felicidade da família. Para isso, muito trabalho e inspirações em jogadores que ganharam o mundo. Um deles em especial.
- Eu não tenho nada a reclamar da minha família, eles me apoiaram desde pequeno. Meu único grande sonho é ver minha família feliz. Meu foco é aqui no Flamengo, mas quero ainda jogar na Europa, no Manchester United. O Ibrahimovic jogou lá, desde moleque eu gostava daquele time, os gols que ele faz são absurdos, gosto de ver os vídeos dele e do Ronaldo, tento me inspirar ao máximo.
E lembra dos gols do meio-campo? O garoto, com muita irreverência, colocou na prateleira gols golaços do ídolo. E, em tom de brincadeira, cutucou até o Rei.
- Os dois de cobertura do meio-campo são bonitos, né? Não sei se o Ibra fez exatamente daquele jeito. Pelé não fez, né (risos)?
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Pelaipe é um funcionario CLT e o Flamengo não quis renovar só isso noticiario Babaca hoje 10 milhões de brasileiros na mesma situação site maldoso