Flamengo racha após presença de Bandeira na CBF em meio à crise no futebol

6/5/2016 17:23

Flamengo racha após presença de Bandeira na CBF em meio à crise no futebol

Flamengo racha após presença de Bandeira na CBF em meio à crise no futebol
JX RJ Rio de Janeiro 09/01/2015 Entrevista com Presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello na Gávea.Foto:Paulo Nicolella/Extra Foto: Paulo Nicolella / Agência O Globo

A aparição do presidente Eduardo Bandeira de Mello como chefe de delegação da CBF, em meio à crise no futebol do Flamengo, gerou um racha no clube entre o grupo base de apoio que levou o mandatário à reeleição.

Os presidentes do Conselho Deliberativo (Rodrigo Dunshee) e do Conselho de Administração (Bernardo Amaral), alinhados ao governo, assinaram uma nota apoiando a posição do presidente Bandeira.

No entanto, ainda nesta sexta-feira, alguns grupos de apoio divulgaram comunicados contrátios aos rumos do clube, entre eles o Sinergia Rubro-Negra.

O presidente do Conselho Fiscal, Mário Esteves, não assina a nota dos Conselhos e também é contrário à decisão.

O grupo de apoio principal de Bandeira, o SóFla, também está dividido. A maioria é contra a posição na CBF e no futebol, mas os líderes, alguns vice-presidentes, como Rafael Strauch e Pedro Itooty, seguram a onda contrária.

Bandeira é pressionado ainda por membros de oposição ligados ao grupo dissidente que fundou a chapa verde na eleição do clube em dezembro, além de conselheiros do chamado centro político do clube, que tem se manifestado revoltados com os resultados do futebol em reuniões de conselho na Gávea.

CONFIRA O COMUNICADO DOS CONSELHOS:

APOIO A BANDEIRA DE MELLO



Basta fazermos uma busca no Google para constatar ser uma tradição antiga que presidentes de clubes de futebol sejam convidados para chefiar delegações da Seleção Brasileira de Futebol.



Em 2010, na Copa da África, o presidente do Corinthians, Andrés Sanches, chefiou a delegação da Seleção Brasileira.



Em 2014, o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, chefiou a delegação na Copa do Mundo do Brasil.



Luis Álvaro Ribeiro, presidente do Santos, foi o chefe da delegação no amistoso da Seleção contra os Estados Unidos em agosto de 2010.



Zezé Perrella, presidente do Cruzeiro, chefiou a delegação brasileira no amistoso contra a Argentina no Qatar em novembro de 2010.



O presidente do Botafogo, Mauricio Assumpção, foi chefe da delegação da Seleção nos amistosos contra Irã e Ucrânia em abril de 2010.



Vários outros presidentes de Clube, como Vasco, São Paulo e Internacional, chefiaram delegações brasileiras para diversas cidades pelo mundo afora, sem que se tenha notícia de críticas de qualquer sorte.



Entretanto, ao ler os jornais de hoje, sejam físicos ou digitais, nos deparamos com críticas ao fato de o Presidente do Flamengo ter aceitado o convite para ser chefe da delegação na Copa América, a ser realizada nos Estados Unidos.



Essas críticas reverberam nas redes sociais e grupos de “WhatsApp”, revelando o que nos parece ser uma forma açodada de enxergar a questão.



Não é novidade para ninguém que o Presidente Bandeira de Mello inaugurou uma nova era na gestão dos Clubes de Futebol. Além de sua gestão estar sendo considerada transparente e ter resgatado as finanças do Clube, é notório que ele foi uma das principais lideranças no recente processo de mudança do Futebol Brasileiro.



Foi atuante na obtenção do parcelamento das dívidas dos clubes perante o governo, o Profut, na tramitação de lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, que é um marco administrativo para o futebol e, por fim, liderou a criação da Primeira Liga, que é o embrião definitivo de uma grande mudança de paradigma – no qual os clubes não aceitarão mais serem comandados, senão por eles próprios.



Mas, de repente, por ser chefe de delegação, Bandeira de Mello estaria sendo duramente criticado por muitos, como se fosse mudar de posição, da água para o vinho, ou vice versa.



Isso nos parece, data vênia, um excesso de rigor moral, que só pode compreender como uma insatisfação com as recentes derrotas, o que é compreensível, mas merece uma meditação mais profunda.



Se a despeito da luta por mudança, Bandeira foi convidado para chefiar a delegação, nos parece mais um sinal de que a CBF está se aproximando dos clubes e de suas aspirações, que inverso.



Ademais, o Flamengo é um ente político que circula no cenário nacional do Futebol e, como protagonista que é, tem que se relacionar com Confederações, Federações e seus Tribunais, que são poderes juridicamente constituídos.



O Flamengo não pode se isolar e ficar entrincheirado, desferindo apenas ataques. O debate político e a luta por mudanças é muito mais complexo do que isso e o próprio Presidente Eduardo já esclareceu que não mudará nossas reivindicações.



O debate e a luta por mudanças e melhorias não serão, evidentemente, prejudicados por uma mera chefia de delegação.



Portanto, em nossa opinião, a participação dele nessa competição não traz qualquer dano ou demérito ao nosso clube, nem as nossas pretensões, mas apenas traduz um reconhecimento ao bom trabalho desempenhado por Bandeira de Mello, o que, na verdade, nos honra.



Rio de Janeiro, 06 de abril de 2016.

CONFIRA O COMUNICADO DO GRUPO SINERGIA RUBRO-NEGRA

Contra fatos não há argumentos!
Caro Sr. Presidente Eduardo Bandeira de Mello,



Nas eleições de dezembro de 2015, o Sinergia Rubro-Negra decidiu apoiar a candidatura da Chapa Azul por dois motivos principais: ter sido o grupo que efetivamente nos apresentou um Plano de Governo que poderia nos ajudar a avaliar, acompanhar e fiscalizar as promessas de campanha; e, tão importante quanto, a promessa de que haveria foco principal no futebol do Flamengo.



Como grupo político, acreditamos na seriedade com que o trabalho desta gestão do Flamengo é feito. Mas a competência, que tanto aplaudimos na parte administrativa, e especialmente em relação às nossas finanças, está claramente faltando no Futebol.



Afirmamos isso, e com triste segurança, porque entendemos que a melhor forma de avaliação de um trabalho é com base nos resultados a que ele se destina. E, embora estejamos falando sobretudo das vitórias – cada vez mais raras, e costumeiramente obtidas contra times de menor expressão – também nos preocupamos com a atitude de dirigentes, técnicos e jogadores, diante do compromisso que todos os que defendem o Flamengo devem ter pela máxima vital expressa em nosso hino: "vencer, vencer, vencer".



Contra fatos não há argumentos! Hoje, o que se vê é um grupo em evidente falta de identificação com o Flamengo e seu principal patrimônio: nossa torcida. Mascotes são deixados para trás, bandeiras são carregadas a esmo, e o aplauso de torcedores que raramente têm a chance de ver o Flamengo, ou daqueles que viajam grandes distâncias apenas para vê-lo, não é correspondido – seja na bola, ou em um simples gesto de reconhecimento.



E se a atitude do time é inaceitável com a histórica conexão entre Flamengo e Nação, seu futebol, por sua vez, também não condiz com o de um time de profissionais com condições de trabalho cada vez melhores, salários em dia e comandados por um técnico tarimbado – e que, inclusive, já afirmou enxergar clara evolução no trabalho. Porém, a bola (que sim, pune!) insiste em discordar dele. E nós, nem como grupo político que vive o dia a dia do clube, nem como parte da maior torcida do mundo, não conseguimos sequer enxergar que esteja havendo algum tipo de acompanhamento, ou cobrança, sobre resultados tão pífios – seja da Vice-Presidência de Futebol, ou mesmo do Conselho Diretor.



Mesmo fora das quatro linhas, a promessa de um futebol rubro-negro à altura das nossas tradições parece se esvair – novamente, recorremos aos fatos. A demora na definição de um estádio para sediar nossos jogos durante a Copa do Brasil e Brasileirão (condição essa há muitos meses conhecida), por tanto tempo "arrastada" e ainda presente, preocupa a todos com máxima razão! Um grave erro de planejamento, que obviamente não condiz com qualquer trabalho que pregue o profissionalismo.



Dito tudo isto, não iremos nos furtar em rebater com veemência e indignação, mas sempre com respeito, as infelizes declarações do nosso presidente! Não, senhor Presidente, o trabalho do nosso Futebol não está excelente! Muito longe disso! Assim como não está excelente (e nos causou muita estranheza) essa inesperada aproximação com a atual gestão da CBF – tendo o Senhor aceitado o cargo para chefiar a delegação da Seleção Brasileira durante a próxima Copa América Centenário – mesmo depois das inúmeras críticas e discussões contra a mesma entidade, que sempre se mostrou contrária aos interesses rubro-negros.



Já passou da hora de vermos uma guinada no comando do nosso Futebol. Já passou da hora do dito "mapeamento do mercado" se concretizar em contratações de peso; do discurso de "gestão" se tornar um fato no comando sobre técnico e elenco; de cobrar resultados efetivos do Departamento de Futebol; de reatar nosso inconformismo com a derrota; de reatar os laços, hoje tão soltos, com a torcida; do Flamengo se reencontrar com o próprio Flamengo!



É hora de uma completa revolução no futebol Flamengo. Não vamos abrir mão de cobrar que as promessas que nos foram feitas em reuniões presenciais (e no Plano de Governo para 2016) efetivamente aconteçam. E voltamos a afirmar: nosso compromisso jamais será o de sermos um grupo político de situação ou de oposição, mas sim, de compromisso pleno com o melhor para o Clube de Regatas do Flamengo.

927 visitas - Fonte: ExtraGlobo


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